Os preços de commodities tendem a aumentar pouco até 2030, com possível exceção da cotação do petróleo. Uma tendência de declínio dos preços no longo prazo pode ser ocasionalmente interrompida por algumas altas. A projeção é do “Relatório sobre Commodities e Desenvolvimento 2017”, publicado pela Unctad (Agência da ONU para Comércio e Desenvolvimento) e a FAO (Agência da ONU para Agricultura e Alimentação).
As tendências de preço e volatilidade das commodities continuam a ser um tema de preocupação para a economia mundial, destacou o secretário-geral da Unctad, Mukhisa Kituyi, ao apresentar o relatório em Buenos Aires à margem da conferência ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Pelas simulações da ONU, os preços de alimentos devem ter ligeira alta de 1,4% até 2030. Uma persistente tendência de preço modesto ocorre num cenário em que a agricultura responde ao aumento da demanda com o crescimento da população mundial e maior renda, intensificando a produção e melhor rendimento. Por sua vez, os preços de matérias-primas não alimentares poderão aumentar 11% até 2030, com exceção da cotação do petróleo, que pode aumentar 50% no período.
Diferentes regiões enfrentarão diferentes cenários. Na África, os preços de alimentos devem cair em razão da alta da produção. Na Ásia, os preços devem aumentar por causa da maior demanda, e apesar de ganhos de produtividade. “Os países em desenvolvimento enfrentarão diferentes desafios”, diz o secretário-geral da Unctad.
Globalmente, o relatório avalia que o aumento na produtividade agrícola deve ficar em linha com a demanda e resultar em modesta alta nos preços de cereais. Os preços de carne bovina, de especial importância para o Brasil, também podem ter leves altas. Para Mukhisa Kituyi, as tendências delineadas no relatório deveriam fazer com que os países mais dependentes de vendas de matérias-primas tentem realmente diversificar suas economias, para não sofrer maior impacto em seu desenvolvimento. A Unctad calcula que 64% dos países em desenvolvimento são dependentes de vendas de commodities, e a vulnerabilidade de alguns deles tem aumentado.
O cenário para os próximos anos está longe do “boom” de preços ocorrido entre 2003-2011, que elevou a renda da exportação e, no geral, a taxa de crescimento de vários países. A Unctad destaca que essa tendência desacelerou ou foi revertida desde a estabilização dos preços em níveis mais baixos. O relatório apresenta estudos de commodities em vários países. Por exemplo, o caso da soja na Argentina e no Brasil. A ONU conclui que algumas políticas na Argentina, como taxação de exportação, impactaram negativamente, ao contrário do Brasil.
As informações são do jornal Valor Econômico.
ONU projeta baixo crescimento no preço das commodities até 2030
Os preços de commodities tendem a aumentar pouco até 2030, com possível exceção da cotação do petróleo. Uma tendência de declínio dos preços no longo prazo pode ser ocasionalmente interrompida por algumas altas. A projeção é do "Relatório sobre Commodities e Desenvolvimento 2017", publicado pela Unctad (Agência da ONU para Comércio e Desenvolvimento) e a FAO (Agência da ONU para Agricultura e Alimentação).
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