A Organização das Cooperativas Brasileiras, em parceria com a Embrapa, divulgou nesta quarta-feira (29/11) os primeiros resultados do Censo das Cooperativas de Leite. O trabalho contou com a participação de 201 cooperativas especializadas na produção láctea, em todas as regiões do país. A pesquisa foi realizada pelas equipes técnicas das duas instituições, com o objetivo de realizar um diagnóstico do cooperativismo na atual cadeia produtiva do leite.
Participação
O evento contou com a participação dos presidentes Márcio Lopes de Freitas (OCB) e Maurício Lopes (Embrapa), além de representantes de cooperativas e unidades estaduais do Sistema OCB. Osmar Serraglio (PR), presidente da Frencoop e os diretores da Frente, Domingos Sávio (MG), Marcos Montes (MG), Alceu Moreira (RS), Valdir Colatto (SC), Lelo Coimbra (ES) e Evair de Melo (ES) também prestigiaram o evento.
Informações fundamentais
Para o líder cooperativista, em uma cadeia competitiva e dinâmica como a do leite, “as informações sobre o setor e suas tendências são fundamentais para a construção de propostas de atuação em prol do desenvolvimento das cooperativas e seus cooperados".
Planejamento estratégico
Para compor o censo, as cooperativas responderam diversas questões e os resultados foram consolidados pela equipe de pesquisadores da Embrapa Gado de Leite e serão analisados em conjunto com os técnicos da OCB, para subsidiar a construção de um documento propositivo de planejamento estratégico do cooperativismo de leite brasileiro.
Primeiros resultados
Durante a reunião da Câmara do Leite da OCB de 29/11/2017, a OCB e a Embrapa apresentaram os primeiros resultados e as propostas de trabalho para as próximas etapas.
Programação
A apresentação dos primeiros resultados do censo foi feita para lideranças cooperativistas, técnicos das cooperativas e parlamentares convidados. Ao final do evento foi realizado o painel Competitividade no Mercado de Lácteos e Insumos, que contou com a participação do pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Glauco Carvalho, do consultor, Vinícius Gomides.
Debate
Na parte da tarde, de posse das informações, as cooperativas presentes participaram de um debate com os palestrantes, a fim de estruturar a construção de um plano de trabalho positivo para a cadeia láctea nacional.
Ainda com relação ao censo, as próximas etapas de trabalho envolverão uma análise segmentada das informações, correlacionando os dados com outros estudos do setor, para que, em seguida, seja produzido um documento com as diretrizes estratégicas que possam garantir o desenvolvimento contínuo de cooperativas e cooperados no mercado lácteo.
As informações são do Informe OCB.
OCB e Embrapa realizam 'Censo das Cooperativas de Leite'
A Organização das Cooperativas Brasileiras, em parceria com a Embrapa, divulgou nesta quarta-feira (29/11) os primeiros resultados do Censo das Cooperativas de Leite. O trabalho contou com a participação de 201 cooperativas especializadas na produção láctea, em todas as regiões do país. A pesquisa foi realizada pelas equipes técnicas das duas instituições, com o objetivo de realizar um diagnóstico do cooperativismo na atual cadeia produtiva do leite.
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LUDOVICO WELLMANN DA RIVA
BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL
EM 04/12/2017
Observamos com o censo mais uma vez a contínua concentração da produção de leite no país, com uma diminuição drástica do número de produtores de leite no Brasil.
Ou o produtor ganha escala de produção, ou está fora deste segmento, que necessita se estruturar para focar a exportação e diversificação da indústria, e para isto, necessita de produtores engajados, unidos em prol da qualidade do produto final, principalmente com relação ao aumento do teor de gordura no leite. Isto tudo, com o custo de produção aumentando e tecnologias restritas a médios e grandes produtores.
A cadeia láctea precisa se reinventar se espelhando em outros produtos brasileiros que se tornaram competitivos internacionalmente, com grandes escalas, e abocanhando principalmente os mercados asiáticos em franca expansão de consumo.
Ou as partes se unem em prol de um objetivo macro único e envidamos esforços para alcançá-lo, ou fatalmente teremos gradativamente os produtos lácteos importados ganhando espaço e cada vez menos produtores brasileiros empenhados em produzir Leite.
Temos que sair da zona do conforto de pensar apenas em melhorar a produtividade, focando no consumo do mercado interno, e brigando por barreiras protecionistas.
Equilibrar as regras sanitárias é um bom caminho, visando combater a concorrência predatória, mas caberá ao produtor brasileiro também seguir a própria lei (não só no papel), e adequar sua produção e seu negócio não só aos requisitos mínimos das normativas, mas muito além disto, vislumbrando uma gestão integrada do seu negócio rural, possibilitando gerir custos com maior eficácia e produzir um leite além de seguro sanitariamente, de melhor qualidade.
Grande desafio para cadeia... pois se não quebrarem os paradigmas de separação entre produção e indústria, ambos não terão sucesso!
Ou o produtor ganha escala de produção, ou está fora deste segmento, que necessita se estruturar para focar a exportação e diversificação da indústria, e para isto, necessita de produtores engajados, unidos em prol da qualidade do produto final, principalmente com relação ao aumento do teor de gordura no leite. Isto tudo, com o custo de produção aumentando e tecnologias restritas a médios e grandes produtores.
A cadeia láctea precisa se reinventar se espelhando em outros produtos brasileiros que se tornaram competitivos internacionalmente, com grandes escalas, e abocanhando principalmente os mercados asiáticos em franca expansão de consumo.
Ou as partes se unem em prol de um objetivo macro único e envidamos esforços para alcançá-lo, ou fatalmente teremos gradativamente os produtos lácteos importados ganhando espaço e cada vez menos produtores brasileiros empenhados em produzir Leite.
Temos que sair da zona do conforto de pensar apenas em melhorar a produtividade, focando no consumo do mercado interno, e brigando por barreiras protecionistas.
Equilibrar as regras sanitárias é um bom caminho, visando combater a concorrência predatória, mas caberá ao produtor brasileiro também seguir a própria lei (não só no papel), e adequar sua produção e seu negócio não só aos requisitos mínimos das normativas, mas muito além disto, vislumbrando uma gestão integrada do seu negócio rural, possibilitando gerir custos com maior eficácia e produzir um leite além de seguro sanitariamente, de melhor qualidade.
Grande desafio para cadeia... pois se não quebrarem os paradigmas de separação entre produção e indústria, ambos não terão sucesso!