Os preços dos lácteos estão se preparando para uma inversão, alertaram analistas do setor, mesmo com as chuvas tendo chegado às regiões afetadas pela seca da Nova Zelândia, a qual foi tão forte em algumas áreas que os oficiais emitiram alertas de “clima severo”.
As tempestades na Nova Zelândia, embora devam reduzir a seca em algumas áreas da Ilha do Norte e trazer até 200 mm de chuva, vieram muito tarde para recuperar a produção de leite nesta estação para o maior exportador de lácteos do mundo.
A produção na Nova Zelândia está no meio da queda sazonal. Após a forte seca que prejudicou fortemente a produção de leite, o inverno já desacelera o crescimento das pastagens iniciado após as primeiras chuvas e leva os produtores a secar muitas vacas, reduzindo mais a produção.
Entretanto, isso está preparando os produtores da Oceania para aumentarem a produção no final do ano, quando a região tiver os resultados da primavera e as vacas retornarem aos pastos recuperados das condições de inverno.
Luke Mathews, do Commonwealth Bank of Austrália, disse: “Os altos preços incentivarão a produção, que agirá para baixar os preços. Esse é um ciclo familiar aos observadores de preços de commodities”.
Os preços no leilão da Fonterra, GlobalDairyTrade, no começo desse mês, alcançaram seu valor mais alto desde os anos noventa. De acordo com a Rede de Comparação Rural Internacional (IFCN, sigla em inglês) da Alemanha, os preços do leite aumentaram pelo preço que os grupos lácteos podem pagar aos produtores, cerca de 12% a mais do que no mês passado, para US$ 46 por 100 quilos de leite, o mais alto desde junho de 2011.
Ao mesmo tempo, os preços da alimentação animal caíram também, reduzindo os custos dos produtores de leite.
“Mais importante ainda, assim como qualquer aumento relacionado ao clima, os altos preços dos lácteos não vão durar. É difícil dizer quando os preços vão cair. Porém, um declínio significante nos preços deverá ocorrer nos mercados internacionais até o final do ano”.
O aumento também está sendo suportado por mudanças climáticas no hemisfério norte, onde a primavera fria nos Estados Unidos e na Europa reduziu os aumentos na produção sazonal. A produção de leite na União Europeia (UE) caiu em 2,7% em janeiro, uma tendência que não deverá mudar com o clima desfavorável, os baixos estoques de forragem e os altos custos da alimentação animal, continuando a impactar nos meses de fevereiro e março.
Nos Estados Unidos, a produção de leite caiu marginalmente em fevereiro, mesmo após ajustes para o dia extra em 2012, por ter sido ano bissexto.
A reportagem é do Agrimoney, traduzida e adaptada pela equipe MilkPoint.
NZ: Mercado de lácteos "prepara-se para uma inversão"
Os preços dos lácteos estão se preparando para uma inversão, alertaram analistas do setor, mesmo com chegada das chuvas nas regiões afetadas pela seca da Nova Zelândia, elas vieram muito tarde para recuperar a produção de leite
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