O abate de vacas leiteiras para o ano foi de 1,187 milhão, 27,6% a mais do que no ano anterior. Os abates de novilhas aumentaram 11,3%, para 453.535 cabeças. Em agosto e setembro de 2015, os abates de novilhas e vacas leiteiras ultrapassaram os do ano anterior em mais de 70%. Mais preocupante para o futuro da produção de leite da Nova Zelândia é o número de bezerras que foram destinadas para a produção de carne de vitelo. Os abates de bezerras aumentaram 4,4%, para 2,17 milhões de cabeças.
Rob Davison, diretor de serviços econômicos do Beef+Lamb NZ, disse que “tem sido mínima a reposição de novilhas e o crescimento tem deixado a indústria devido aos menores preços do leite”. Os abates significativamente maiores não surpreenderam, à medida que os produtores de leite da Nova Zelândia enfrentam sua segunda estação consecutiva de desafios ao fluxo de caixa direcionado pelos preços mais fracos dos produtos lácteos globais e por seu alto nível de dívidas.
Os abates de vacas leiteiras nos Estados Unidos também estão aumentando, apesar de não ser nos mesmos níveis alcançados pela Nova Zelândia. Os abates semanais de vacas leiteiras até outubro de 2015 totalizaram 2,462 milhões de cabeças, 3,9% a mais, ou 93.200 cabeças a mais, comparado com o ano anterior. Nos estados ocidentais (Califórnia, Arizona, Idaho, Oregon e Washington) os abates aumentaram em 67.900 cabeças comparado com o ano anterior, seguidos pela região que inclui Texas e Novo México, com 46.100 cabeças a mais com relação ao ano anterior. Ao mesmo tempo, os abates de vacas leiteiras nas regiões que incluem Indiana, Michigan, Minnesota e Wisconsin foram maiores que no ano anterior em 64.000 cabeças. Em suma, os abates semanais de vacas leiteiras nesses estados ultrapassaram o ano anterior em 4.300 cabeças no mês de outubro, que é o primeiro aumento com relação ao ano anterior para essas regiões em 2015.
Os produtores de leite no Meio-Oeste estão aumentando os abates em um momento inoportuno. Os preços da carne bovina magra para os 21 dias que terminaram em 6 de novembro caíram para US$ 484,60 por 100 quilos, US$ 167,99 a mais ou mais de 25% com relação ao mesmo período do ano anterior. Porém, nos primeiros seis meses do ano, os preços da carne bovina magra ficaram em média em US$ 653,39 por 100 quilos. Devido ao acúmulo de gados pesados, os preços da carne bovina magra e os futuros dos bovinos vivos começaram a cair em setembro.
A semana passada foi particularmente volátil para o mercado pecuário. Todos os contratos perderam seu limite diário de comercialização de US$ 6,61/100 quilos na segunda-feira (09). Eles continuaram caindo sob limites expandidos na terça-feira (10) antes de se recuperar na quarta-feira (11). Os futuros dos bovinos caíram novamente na sexta-feira (13). Os menores preços devem impulsionar a demanda, entretanto, há pouca chance de os mercados pecuários retornarem aos níveis altos do ano anterior. Os produtores de leite estarão recebendo bem menos por suas vacas abatidas e bezerros.
As informações são do Daily Dairy Report.
