Os pesquisadoras perceberam o furto por volta das 7h de sexta. Os animais têm entre 12 meses e dois anos e eram resultado do primeiro cruzamento do projeto, que conta com um rebanho de 300 cabeças. "Entraram na fazenda com um caminhão e pegaram uma geração inteira de animais. O prejuízo é enorme, perdemos um ano de pesquisa e uma geração de bovinos, que demora cerca de três anos para ser reposta", diz Enilson Ribeiro, pesquisador do Instituto de Zootecnia e um dos coordenadores da pesquisa.
De acordo com a assessoria de imprensa do instituto, as correntes da fazenda foram arrebentadas e há marcas de pneus no local. A entidade acionou a Secretaria de Segurança Pública e espera que o caso seja investigado. "O projeto vai continuar, mas não sei como. Estou meio perdido. Só vamos recuperar o que perdemos se tivermos os animais de volta. É um estudo inovador", afirma Ribeiro.
Pesquisa
O trabalho desenvolvido no instituto parte do princípio de que leite com um tipo de proteína – betacaseína tipo A2 – é mais saudável e menos alergênico do que outro tipo de leite, com proteína tipo A1. A partir dessa ideia, o grupo de pesquisadores fez inseminação de vacas da raça gir leiteiro e obteve animais que só produzem leite com a proteína menos alérgica.
Diante dos fatos, o IZ, que pertence à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, já acionou a Segurança Pública do Estado, por meio do Secretário da pasta, Arnaldo Jardim, e aguarda os trâmites legais e uma atenção especial das autoridades responsáveis pela investigação do caso", reforça a Diretora do IZ.
As informações são do jornal Folha de São Paulo.
