A primeira empresa dessa série é a Itambé.
A Itambé Alimentos S/A é uma empresa mineira com 66 anos no mercado. Diariamente, a marca transforma 3,5 milhões de litros de leite em um portfólio completo de derivados lácteos – são mais de 100 produtos entre leites, iogurtes, requeijões e doce de leite. É uma das maiores empresas de laticínios do país, contando com mais de 7 mil fornecedores e 3,3 mil funcionários diretos.
A companhia possui cinco unidades industriais, sendo quatro em Minas Gerais (MG) – Pará de Minas, Sete Lagoas, Guanhães e Uberlândia – e uma em Goiânia (GO). Um relatório produzido pela empresa de pesquisa de mercado Kantar WorldPanel (em 2013), indica que a Itambé foi a 6ª marca de consumo do varejo com maior penetração nos lares brasileiros – entre as dez primeiras figura como a única do setor lácteo. A companhia também está entre as marcas mais lembradas pelos consumidores brasileiros. Segundo o Top Of Mind de 2013, na categoria leite, e é líder de mercado no Norte e Nordeste, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
O MilkPoint entrevistou Martim Ibrahim, o gerente-geral de marketing da Itambé.
MilkPoint: Quais as iniciativas de maior sucesso que a Itambé teve nos últimos anos?
Martim Ibrahim: Nos últimos anos o lançamento que melhor performou foi a nossa categoria de gregos. Foi lançada há menos de dois anos e ela vem aumentando as vendas a cada mês. Estamos ganhando muito Market Share nessa área.
Recentemente lançamos também uma linha de iogurtes gregos em copo com geléia de frutas - que também está sendo um sucesso. Tanto que foi necessário dobrar o plano de produção original, pois a demanda superou as expectativas: a venda alcançou o dobro do esperado.
MP: O que o consumidor brasileiro procura hoje nos produtos lácteos?
MI: Podemos classificar o consumidor em dois clusters. O primeiro é o consumidor que está procurando indulgências, isso explica o crescimento da categoria de grego no brasil nos últimos 3 anos: um iogurte mais cremoso e quase uma sobremesa - o consumidor, basicamente, está buscando essa flexibilidade.
Em outra linha temos aquele consumidor que abre um pouco a mão da questão da indulgência e do sabor e procura a funcionalidade. E me refiro a funcionalidade não só do probiótico - que é aquele iogurte que ajuda no funcionamento do intestino - ele procura outro tipo de funcionalidade, lácteos sem lactose, lácteos com alta proteína, lácteos com fibra.
Tem dois pilares de consumo: indulgência e funcionalidade.
MP: Quais produtos a Itambé pretende lançar em 2015/16?
MI: Estamos acreditando muito na tendência dos lácteos sem lactose. Nós contratamos uma pesquisa bem robusta, que tirou um raio X completo desse consumidor. Então temos um plano bem parrudo de marketing para essa categoria de sem lactose.
Hoje estamos com um portfólio de 26 produtos sem lactose. É o portfólio mais completo do mercado, porque temos desde produtos refrigerados sem lactose - iogurte, requeijão - a produtos líquidos - leite saborizado chocolate, leite longa vida – até os produtos chamados “de mercearia”: leite condensado e creme de leite.
MP: O nicho de mercado que o sem lactose foca é somente o dos intolerantes?
MI: Não, essa palavra é evitada. Várias pessoas estão adotando esse tipo de alimentação sem na verdade serem intolerantes. Elas acreditam em alguns benefícios da restrição do consumo de lactose; seja uma fácil digestão, seja uma menor oxidação da pele, etc - têm-se então algumas explicações dos benefícios nos quais esses consumidores acreditam na restrição “consumo sem lactose”.
MP: A empresa pretende continuar investindo na área sem lactose?
MI: Sim, bastante. O dinheiro que está sendo aportado na categoria está retornando e as vendas estão respondendo. Estamos aumentando bastante a distribuição desses produtos e em breve não há duvidas que vamos ter a marca preferida no Brasil quando se fala em produtos sem lactose – o plano é sermos referência no quesito.
MP: Há alguma iniciativa da Itambé ligada à questão da inovação focada em sustentabilidade?
MI: Temos várias iniciativas da nossa área de sustentabilidade para a redução do consumo de recursos. Com isso esperamos que a fabricação dos nossos produtos demande cada vez menos recursos naturais, seja energia, seja água.
Equipe MilkPoint.
