As marcas investigadas por irregularidades e adulterações são das empresas Laticínios Roesler Ltda. e Laticínios Campestre Ltda (de São Pedro da Serra), Calábria Casa de Queijos (de Caxias do Sul) e Nei Casa do Queijo – Produtos Coloniais (de Novo Hamburgo). Elas produziam queijos do tipo lanche, cobocó, colonial, de cabra, coalho, além de nata, leite pasteurizado e leite de cabra.
O assessor da Laticínios Roesler Ltda, Clóvis Marcelo Roesler, comentou que a empresa é idônea e que "não se cometeu fraude nos produtos de jeito nenhum". O proprietário da Nei Casa do Queijo – Produtos Coloniais, disse que a operação não encontrou nada de irregular na sede da empresa. "Nada foi encontrado no nosso estabelecimento, nenhuma irregularidade. Temos o laudo do MP que atesta que tudo está regular, conforme os procedimentos", disse Nei Belle Anziliero.
Produtos fabricados pelas empresas Laticínios Roesler Ltda. e Laticínios Campestre Ltda, que administram as marcas Granja Roesler e Campestre, foram submetidos à análise - que atestou a presença de coliformes fecais e da bactéria Staphyloccocus, segundo o MP.
Também foi detectada a presença de adição de água e amido de milho no leite para aumentar o volume. Ainda foi confirmada a fraude a partir do acréscimo de água oxigenada e ácido sórbico, utilizados para elevar o prazo de validade dos produtos.
Conforme a investigação, as empresas de São Pedro da Serra têm autorização para vender seus produtos apenas na cidade, mas revendiam para casas de queijos de Caxias do Sul e Novo Hamburgo. Produtos das marcas Granja Roesler e Campestre haviam perdido, em junho de 2015, a autorização para vender laticínios para fora da cidade por irregularidades.
Um funcionário municipal de São Pedro da Serra foi suspenso do exercício da função pública, pois permitia que as indústrias funcionassem e colocassem produtos no mercado sem realizar as mínimas análises necessárias para prover a segurança alimentar dos consumidores.
Segundo informações do Ministério Público, ele tinha conhecimento de que os laticínios recebiam, mantinham em depósito, processavam e expunham à venda produtos fraudados e contendo bactérias. A Justiça também determinou a apreensão de seis veículos, entre caminhonetes e caminhões, utilizados na fraude dos laticínios.
As informações são do G1 e do Jornal do Comércio.