Atualmente, as boas condições de pastagens em toda a Nova Zelândia, mais vacas e suplementação nutricional contribuíram para um ganho de produção de leite em setembro com relação ao ano anterior de quase 5%. Os números de vacas da Nova Zelândia estão estimados em 5,1 milhões de cabeças, 87.000 cabeças a mais que no ano anterior. De acordo com o relatório GAIN, cerca de 100 fazendas leiteiras surgiram em agosto de 2014 como resultado das conversões de fazendas de produção agrícola, fazendas de criação de bovinos de corte/ovinos, e terras florestais. As importações de extrato de palma, usado como suplemento alimentar de vacas leiteiras, estão 39% acima do ano anterior. É provável que o forte pagamento do leite no ano passado tenha sido usado em parte para comprar esses suplementos alimentícios.
O relatório alerta que 2015 e começo de 2016 poderão ser difíceis para os produtores de leite da Nova Zelândia. Os mercados globais de produtos lácteos têm apresentado tendência de baixa desde o meio do ano. Como resultado, o preço do leite a nível de fazenda na Nova Zelândia deverá cair em 35% ou mais em 2015. O relatório indica que a esse nível de preço, cerca de 25% das fazendas leiteiras da Nova Zelândia não serão capazes de cobrir seus custos com trabalhos agrícola e despesas de serviços em 2015.
O clima tem um papel importante no sistema de produção de leite a pasto da Nova Zelândia. Até agora, o clima da primavera do país tem conduzido a crescimento da pastagem. Entretanto, há uma preocupação que as condições de seca possam aparecer durante a primeira metade de 2015. O fluxo de caixa será estreito e é improvável que os rendimentos na produção de leite sejam impulsionados através de suplementação da alimentação. É mais provável que os produtores de leite adotem medidas como secar as vacas mais cedo, retirar vacas de descarte mais cedo e ordenha uma vez ao dia para reduzir a demanda de alimentos e reduzir a produção de leite.
A reportagem é do Daily Dairy Report, traduzida pela Equipe MilkPoint Brasil.
