Neozelandeses ensinam chineses a cozinhar utilizando lácteos

Em seu escritório em Xangai, na China, a gigante neozelandesa, Fonterra, que exportou mais de NZ$ 2,5 bilhões (US$ 2,11 bilhões) de produtos lácteos à China no ano passado, construiu uma cozinha comercial especial para mostrar aos chefs de cozinha chineses como preparar e consumir lácteos.

Publicado por: MilkPoint

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Em seu escritório em Xangai, na China, a gigante neozelandesa, Fonterra, que exportou mais de NZ$ 2,5 bilhões (US$ 2,11 bilhões) de produtos lácteos à China no ano passado, construiu uma cozinha comercial especial para mostrar aos chefs de cozinha chineses como preparar e consumir lácteos.

Os alimentos ocidentais estão se tornando mais populares nas cadeias de confeitarias no país e em hotéis e restaurantes, mas a maioria usa produtos alternativos não lácteos, feitos de óleo de palma. Os lácteos custam duas vezes mais, têm um prazo de validade mais curto e demoram cerca de um mês para chegar da Nova Zelândia.


O chef da Fonterra, Teoh Joo Chong, na cozinha da companhia em Xangai, onde ensina cozinheiros locais sobre como usar os produtos lácteos

Menos de 10% dos chineses consomem produtos lácteos, mas o gerente de desenvolvimento de negócios da Fonterra na China, Kefei Bu, disse que o mercado está crescendo rapidamente. “Os lácteos não estão presentes na cozinha chinesa, mas vemos muitos restaurantes mistos, por exemplo, desenvolvendo arroz frito com queijo mussarela. Os chineses incorporaram isso muito rapidamente. A parte de padaria não é típica chinesa. A maioria da cozinha tradicional é cozida, não assada”.

Ele disse que a Fonterra é o maior fornecedor de ingredientes lácteos para as 2.500-3.000 padarias/confeitarias de Xangai, incluindo as redes Ichido e Lillian, que usam o creme UHT da Fonterra e massa folhada em suas famosas tortas de ovos.

Na cozinha de treinamento do Centro de Inovação da Fonterra, os cozinheiros locais aprendem sobre a temperatura de fusão, consistência e sabor dos produtos lácteos neozelandeses, incluindo queijo cremoso e creme UHT. Há alguma resistência por parte dos chefs, já que os cremes de leite são muito diferentes para trabalhar do que os cremes não lácteos e é caro para os donos de padarias e confeitarias. Porém, os consumidores começaram a entender que a gordura trans em produtos artificiais não lácteos era menos saudável.

“O nível de gordura [saturada] e a cor são similares, mas a sensação na boca e os fatores nutricionais são muito diferentes. Não tem cálcio nos produtos não lácteos. Tecnicamente, esses têm um ponto bem maior de fusão, de forma que, na boca, assemelha-se à cera. Mais consumidores também estão preocupados com o processo de produção dos produtos não lácteos”.

O mercado está em uma fase de transição. A maioria das confeitarias que a Fonterra serve ainda usa creme não lácteo feito localmente em pelo menos metade de seus produtos, mas a maioria agora usa creme UHT batido em bolos de festa. A Fonterra está trabalhando com donos de confeitarias para desenvolver novas receitas usando lácteos.

Cerca de metade da pizza servida na China usa mussarela da marca Anchor, incluindo o Pizza Hut. A maioria dos hotéis, algumas companhias aéreas e as lojas da Starbucks servem manteiga. “Nosso produto tem o maior preço do mercado. Se você pensa nas pessoas nesse mercado, nesse país onde eles têm problemas com contaminação de melamina, poluição do ar e da água, os chineses querem ter oferta de alimentos seguros”, disse Bu.

A companhia enfrenta competição de multinacionais, como a Nestlé. Porém, até agora, a Fonterra tem uma forte posição. “A maioria dos consumidores acredita que a Nova Zelândia tem a melhor oferta de lácteos do mundo em termos de ser natural, fresco e seguro. Essa é a vantagem que temos nesse mercado”.

A reportagem é do http://www.stuff.co.nz, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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