Desde 2011, produtores rurais do norte de Mato Grosso do Sul recebem tecnologia para aumentar a produtividade do gado leiteiro, por meio do projeto de Apoio à Pecuária Leiteira, do Sebrae, em parceria com o programa Leite Forte MS, do governo estadual.
O melhoramento genético do rebanho, por meio da inseminação artificial em tempo fixo (IATF), é uma das frentes de trabalho que trazem impactos positivos à produção do leite. Segundo Daniel Delfine, veterinário do Instituto Biosistêmico (IBS), que aplica a tecnologia, “a técnica melhora os índices reprodutivos porque as vacas recebem dosagens corretas de hormônios e passam a ter ciclos regulares”.
Elza Mitiko Suzumura Ento, de 63 anos, é produtora de leite em Rochedo, a 56 km de Campo Grande. Na estância São Jorge, já recebeu a visita do Rufião Móvel, laboratório de genética, três vezes. “Meu rebanho tem 90 cabeças. As vacas adultas, em fase de reprodução, são em média 60. Já conhecia a técnica e, apesar de ser criadora há apenas dois anos, eu mesma inseminava as vacas. Aprendi muito com eles”.
Por dia, na propriedade, são produzidos em média 200 litros de leite - embora, segundo Elza, a produção ainda não reverta grandes lucros na venda direta aos laticínios. Porém, as vantagens do melhoramento genético são visíveis. “Se você depende do touro, a cobertura é incerta. A inseminação, além de programada, é certeira. Toda semana crio dois, três bezerros. A mortalidade é zero, nem na seca morrem animais”, enfatiza.
Outras tecnologias que têm sido disponibilizadas ao produtor por meio dos projetos Agromóvel e Vacamóvel. O primeiro faz análise de solo para medir a quantidade correta de adubo que a propriedade pode receber. Já o segundo realiza testes que mostram a qualidade do leite, desde a ordenha até o acondicionamento, segundo os padrões corretos de higiene.
“A produção se desenvolve bastante porque não fazemos só a inseminação: com o projeto, aprendemos novas técnicas de manejo de pastagens e temos a garantia da qualidade do leite. Isso melhora, inclusive, o preço do produto que vendemos aos laticínios”, explica Luiz Antonio Soares, produtor de leite em Jaraguari.
O proprietário da Chácara Três Lagoas tem 30 vacas no rebanho, com produção média de 11 litros cada, diariamente. O leite é vendido a um laticínio do município de Terenos. Segundo Soares, Jaraguari está em fase de organização de uma cooperativa de produtores de leite. “Por causa do aprimoramento genético e dos testes do leite, na propriedade, consigo vender o produto a R$ 1,01 o litro, enquanto quem não tem o manejo e a assistência técnica vende por R$ 0,80 ou R$ 0,90. Melhorou a produção e a lucratividade”, finaliza.
As informações são da Agência Sebrae de Notícias.
MS: Tecnologia ajuda produtores a melhorar qualidade do leite
Desde 2011, produtores rurais do norte de Mato Grosso do Sul recebem tecnologia para aumentar a produtividade do gado leiteiro, por meio do projeto de Apoio à Pecuária Leiteira, do Sebrae, em parceria com o programa Leite Forte MS, do governo estadual.
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GUSTAVO SILVA MACIEL DE OLIVEIRA
CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 25/10/2013
Ótima iniciativa a possibilidade de levar o conhecimento técnico até o produtor, seja de leite ou de corte.
Deve-se alcançar também produtores que necessitam de assistência mas na maioria dos casos não sabem como busca-las, como por exemplo os produtores assentados.
Deve-se alcançar também produtores que necessitam de assistência mas na maioria dos casos não sabem como busca-las, como por exemplo os produtores assentados.