MS: famílias ilhadas perdem 10.000 litros de leite devido às fortes chuvas

Isolados no assentamento Bela Manhã em Taquarussu, cidade a 318 km de Campo Grande, por conta das chuvas, cerca de mil pessoas de 200 famílias contabilizam prejuízos provocados. Segundo o prefeito do município, Roberto Tavares, cerca de 10 mil litros de leite foram perdidos pelos produtores do assentamento porque caminhões não conseguem chegar ao local.

Publicado por: MilkPoint

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Isolados no assentamento Bela Manhã em Taquarussu, cidade a 318 km de Campo Grande, por conta das chuvas, cerca de mil pessoas de 200 famílias contabilizam prejuízos provocados. Segundo o prefeito do município, Roberto Tavares, cerca de 10 mil litros de leite foram perdidos pelos produtores do assentamento porque caminhões não conseguem chegar ao local.


Região alagada em Taquarussu, MS (Foto: Divulgação/ Secretaria de Meio Ambiente de Taquarussu)

"A população do assentamento já perdeu em média 10 mil litros de leite, visto que, os caminhões não conseguem transportar o produto para o resfriador já que não conseguem chegar até lá. É preocupante porque a maior parte da população vive da renda da produção de leite e não está tendo condições de entregá-lo para o laticínio", explicou Tavares. Segundo ele, as famílias do assentamento e de algumas fazendas da região estão com escassez de alimentos e devem receber ainda hoje mantimentos enviados pela Defesa Civil. Serão 100 cestas básicas, 100 kits de higiene, 100 kits de limpeza e 100 caixas de água potável. A expectativa é que os kits cheguem no fim da tarde.

O acesso à região por estradas está impedido porque a chuva provocou alagamentos e invadiu as vias. O local tem várias lagoas e regiões de várzea. A área onde as famílias estão isoladas não tem pista de pouso para avião, por isso, os alimentos devem ser levados por helicóptero caso a água acumulada não seque. 

Os moradores estão ilhados na região conhecida como APA Federal (Área de Proteção Ambiental). A unidade de conservação de uso sustentável e maior do bioma Mata Atlântica (1.005.180,71 hectares), foi criada em 1997 para proteger o Rio Paraná e seus ecossistemas associados, segundo a prefeitura do município. O escoamento da safra também pode ser prejudicado pela falta de acesso, segundo o prefeito. "Situação bem crítica. Nossa preocupação também é com o período da safra da soja e seu escoamento", ponderou Roberto. 


Cheia de lagoa e rios invadiu estradas vicinais
(Foto: Divulgação/ Prefeitura de Taquarussu)

A chuva, que inicialmente trouxe prejuízos ao sul do Estado em dezembro, hoje já atinge todas as regiões de Mato Grosso do Sul e começa a causar enchentes em algumas cidades do oeste, onde as cabeceiras dos rios Aquidauana e Miranda transbordaram afetando famílias ribeirinhas.

Só no município de Bela Vista, mais de 70 famílias ficaram desabrigadas depois que o nível do rio Apa subiu e provocou enchentes em três bairros da cidade. Além disso, existem desabrigados e desalojados em outros municípios. De acordo com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDC), a situação de emergência foi reconhecida em 18 cidades sul-mato-grossenses. Até o momento, 25 municípios decretaram estado de emergência. 

A Defesa Civil informou que já são 24 pontes danificadas no estado. Em Tacurú, Naviraí, Coronel Sapucaia, Amambai, Sete Quedas, Paranhos, Juti, Novo Horizonte do Sul, Aral Moreira e Caarapó. Nesse último município, por exemplo, uma barragem de quase 20 metros de altura se rompeu no mês de dezembro. O balneário que tinha mais de 30 anos foi totalmente esvaziado. Em relação às rodovias estaduais, quatro estão danificadas em Naviraí, três em Iguatemi, três em Aral Moreira e uma em Sete Quedas. Em Aral Moreira, 13 rodovias municipais foram estragadas. Já no município de Naviraí, quatro rodovias ficaram destruídas.

Entre os rios em estado de alerta por causa da cheia estão o rio Aquidauana, que falta 10 centímetros para entrar em emergência; o rio Pardo, que atingiu 604 cm de cheia e o rio Taquari, que preocupa a população ribeirinha de Coxim. O último município a decretar emergência foi Batayporã, a 302 quilômetros de Campo Grande. Já em Ivinhema, somente no dia 6 de janeiro choveu metade do esperado para o mês inteiro.

Além de Batayporã, estão em emergência: Vicentina, Taquarussu, Tacuru, Naviraí, Itaquiraí, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Amambai, Iguatemi, Sete Quedas, Paranhos, Caarapó, Juti, Novo Horizonte do Sul, Japorã, Eldorado, Deodápolis, Mundo Novo, Bela Vista, Laguna Carapã, Fátima do Sul e Caracol. Jardim e Campo Grande também decretaram situação de emergência, mas não solicitaram ao governo do estado homologação estadual.

As informações são do G1.



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