O mercado de alternativas aos lácteos cresceram 9% e alcançaram o valor de vendas de US$ 1,9 bilhão em 2015, informou o relatório. O Mintel disse que a contínua popularidade do setor é “problemática” para os produtores de leite, com 49% dos americanos consumindo leites que não são de vaca. Além disso, a pesquisa do Mintel mostrou que 69% dos consumidores acreditam que os leites que não são de origem animal são saudáveis para as crianças.
Aproximadamente 46% dos consumidores de alternativas ao leite consomem o produto pelo menos uma vez ao dia, com o consumo aumentado pelos efeitos positivos percebidos para a saúde do coração e apoio à perda de peso. Os dados destacam o fato de que os consumidores estão se voltando aos produtos alternativos ao leite por razões de estilo de vida, de acordo com uma especialista do Mintel.
“Além de metade dos americanos consumir leite de origem vegetal, nossa pesquisa revela que quase todos os consumidores de alternativas aos lácteos também bebem leite de vaca, revelando que os consumidores estão se voltando aos produtos alternativos por preferência, e não por necessidade”, disse a analista de bebidas, Elizabeth Sisel.
O Mintel disse que a inovação de produtos e ingredientes pode contribuir com a maior aceitabilidade do leite: três em cada dez americanos disseram que seriam encorajados a consumir mais produtos lácteos se eles fossem enriquecidos com proteínas, enquanto um em cada cinco disse que seria atraído pela adição de benefícios à beleza, como saúde da pele e cabelos – incluindo quase 20% dos homens com idade de 18 a 34 anos.
“Nossa pesquisa mostra que os lácteos ainda são a opção de consumo em movimento, mas isso também expõe uma oportunidade para uma maior penetração do mercado com relação às alternativas ao leite. Os consumidores estão conectando suas dietas com a forma como eles olham e sentem. Isso cria oportunidades para as alternativas não lácteas de promover a saúde em uma série de áreas para homens e mulheres, de bem-estar e nutrição até benefícios para a beleza, como saúde dos cabelos e unhas”, comentou Sisel.
Apesar da pesquisa, o Mintel argumentou que ainda há áreas de oportunidade para os lácteos. Os consumidores concordaram que os lácteos são “naturalmente mais nutritivos” do que as alternativas aos lácteos. Os escores de percepção de serem frescos e livres de aditivos também foram maiores do que o das alternativas ao leite.
“Embora as tendências de consumo não estejam favorecendo o leite, as marcas têm uma oportunidade de reengajar os consumidores desenvolvendo ofertas inovadoras que focam na melhora de aspectos já favoráveis, como sabor e valor nutricional. Isso também é importante para as marcas que destacam que o leite não é apenas benéfico para a saúde dos ossos, mas pode também fornecer outros benefícios ao bem-estar geral dos consumidores comparado com as alternativas ao leite”.
As informações são do FoodBev.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint Indústria.