Durante o evento, em que participou do lançamento de um aplicativo do Banco do Brasil, para atender on-line aos produtores com crédito rural, a partir da feira, e de outro aplicativo, da Embrapa, para acompanhar o plantio de milho, Blairo Maggi comemorou o anúncio da Conab de nova safra recorde para 2016/2017. É esperada colheita de 219 milhões de toneladas de grãos, sendo mais de 100 milhões apenas de soja. O ministro lembrou ter sido importante renegociar dívida de parte dos produtores no ano passado. “Se não fosse isso, talvez não atingiríamos esse resultado”, afirmou.
O crédito de pré-custeio disponível, que foi anunciado pelo presidente Michel Temer, em janeiro, também foi lembrado por Blairo Maggi. “Os agricultores que já estão colhendo bem, que já estão pensando na safra futura, podem acessar recursos no banco”, explicou. O ministro falou dos avanços tecnológicos da agricultura proporcionados pelas pesquisas da Embrapa e também das viagens recentes que fez ao exterior para romper barreiras ao agronegócio, muitas delas ligadas a questões ambientais. “Tenho andado bastante pelo mundo para desmistificar, tirar um pouco da má impressão ou das narrativas que fazem do Brasil”.
“Nós brasileiros também não queremos que a floresta desapareça. Temos legislações fortes”, comentou. “Estive agora no Parlamento Europeu, tive duas baterias de discussão com mais de 30 parlamentares, muito acaloradas. Mas, na medida em que você vai se posicionando, colocando números que a Embrapa fornece do Centro de Imagem de Satélites, não há contestação. Portanto é necessário fazer esse trabalho, dar essas explicações”, relatou.
Doutor Milho
“Temos no ambiente público no Brasil os melhores programas de melhoramento genético do mundo. O único país que se assemelha ao Brasil em termos do número de programas de melhoramento genético no domínio público é a China”, disse o presidente da Embrapa, Maurício Lopes. A Embrapa informou que tem 70 programas de melhoramento. “Estamos entregando para o mercado, todo ano, dezenas de novas variedades, de açaí, mandioca, fruteiras tropicais, fruteiras temperadas”.
Lopes considerou o lançamento “muito simbólico, porque estamos entregando aos produtores, variedades com importância econômica e social, que se alinham à lógica do manejo integrado, que ajuda a enfrentar o desafio da intensificação de estresses térmicos, hídricos, nutricionais, pragas e doenças que vêm com a mudança do clima”.
As informações são do Mapa.