MG: seca pressiona custos da produção do queijo canastra

O queijo de minas tradicional é uma das atrações do Mercado Municipal de Montes Claros, ponto de visitação turística da cidade do Norte do Estado de Minas Gerais. Comerciante no local, Milton Ribeiro afirma que, devido à seca, houve queda da produção, o que forçou o aumento de preço, em razão da chamada lei da oferta e da procura, que regula o mercado de consumo. Para não perder a clientela, ele diz que absorveu o repasse.

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O queijo de minas tradicional é uma das atrações do Mercado Municipal de Montes Claros, ponto de visitação turística da cidade do Norte do Estado de Minas Gerais. Comerciante no local, Milton Ribeiro afirma que, devido à seca, houve queda da produção, o que forçou o aumento de preço, em razão da chamada lei da oferta e da procura, que regula o mercado de consumo. Para não perder a clientela, ele diz que absorveu o repasse.

“O valor do queijo aumentou, mas deixamos de repassar o reajuste para os consumidores e tivemos queda de 15% nos lucros”, afirma Milton. O produto é o carro-chefe das vendas da banca e impulsiona a venda de outros itens, como rapadura e doces.

Na falta das pastagens, destruídas pela estiagem prolongada, os pequenos agricultores do norte-mineiro investem na melhoria da alimentação do rebanho para manter a produção de queijo. É o caso de Antônio Francisco dos Santos, da comunidade de Paraguai, no município de Porteirinha. Ele conta que mantém a produção de 15 a 17 queijos por dia durante a seca. Para garantir a alimentação do rebanho de 20 vacas, produziu cerca de 300 toneladas de sorgo na própria fazenda no curto período das chuvas do fim de 2015 e início de 2016.

Outra produtora de queijo tradicional no município de Porteirinha, Maria da Saúde de Oliveira Silva, reclama que os custos aumentaram muito durante a estiagem. “Tenho que recorrer à ração para manter as vacas. O custo aumentou. Mas, se a gente tentar vender o queijo por um valor maior, as pessoas não conseguem comprar por causa da crise”, afirma.

queijo da canastra

Rota do ouro

No período colonial, o queijo do Serro era levado por tropeiros para o Rio de Janeiro, onde o produto fez fama por causa do seu paladar. A finalidade inicial não era a venda do alimento propriamente dita. “A intenção do transporte era o contrabando do ouro e diamante dentro do queijo, evitando-se o pagamento do quinto à Coroa portuguesa” afirma Túlio Madureira Silva, presidente da Associação dos Produtores Artesanais do Queijo do Serro. Ele salienta que para barrar o contrabando os portugueses instalaram uma barreira no Serro somente para averiguar a saída do produto.

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As informações são do Estado de Minas.
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