MG: Seca eleva custos da produção de leite

A produção de leite em Minas Gerais já está sofrendo as conseqüências negativas da estiagem prolongada. Além do comprometimento das pastagens, o que obriga produtores a alimentar animais com ração, as altas temperaturas também interferem na produtividade do rebanho. Em algumas regiões, como é o caso do Triângulo Mineiro, pecuaristas já trabalham com [...]

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A produção de leite em Minas Gerais já está sofrendo as conseqüências negativas da estiagem prolongada. Além do comprometimento das pastagens, o que obriga produtores a alimentar animais com ração, as altas temperaturas também interferem na produtividade do rebanho. Em algumas regiões, como é o caso do Triângulo Mineiro, pecuaristas já trabalham com racionamento de água.

De acordo com o engenheiro agrônomo, doutor em zootecnia e diretor presidente do grupo Universidade do Leite, José Carlos Peixoto Modesto da Silva, a principal conseqüência da seca é o aumento dos custos para os pecuaristas. "A estiagem prolongada, aliada às altas temperaturas, compromete a qualidade e a oferta de pastagens. Esse fator obriga o pecuarista a fornecer ração para o rebanho, o que onera a produção, que já tem pequena margem de lucro. A queda na oferta e na qualidade da pastagem acontece antecipadamente à época tradicional de seca, que geralmente ocorre a partir de março", observa.

As situações mais graves foram registradas no Sul de Minas e no Triângulo, onde a produção do leite está em queda.

Segundo o superintendente do INAES, Pierre Vilela, a seca prolongada acontece no auge da safra de leite e pode promover os preços ao longo do segundo semestre.

"O gado está sofrendo com o calor e a pastagem perdeu a qualidade. Março já entra no processo de seca forte e a conseqüência da estiagem antecipada pode ser na oferta menor no segundo semestre. No ano passado, durante a entressafra, o preço pago pelo litro do leite superou R$ 1,10, como neste ano a situação é mais grave, se a chuva não retomar, poderemos ter uma nova alavancada nos preços de leite", disse Vilela.

A estiagem tem prejudicado significativamente os produtores de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, onde, segundo o presidente da Cooperativa Agropecuária Ltda. de Uberlândia (Calu), Cenyldes Moura Vieira, a captação em fevereiro caiu 10%. Ele frisa que em algumas unidades o abastecimento de água para os animais está comprometido a ponto de produtores terem de fazer racionamento do uso da água.

"As pastagens estão bem comprometidas e os produtores necessitam alimentar o rebanho com ração. Essa situação alavancou os custos e foi necessário um reajuste de 10% nos preços pagos pelo litro, cotado em média a R$ 1,06. A captação está comprometida tanto pela falta do recurso hídrico, como pelo estresse causado aos animais pelas elevadas temperaturas", disse Vieira. 

As informações são do Diário do Comércio.
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Leandro D Monteiro
LEANDRO D MONTEIRO

COROMANDEL - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/02/2014

Aqui no municipio de coromandel MG o preço do leite e de 0,96 pago pela cooproleite, e a ração tambem esta esse preço, falasse em  alta só para recebimento em abril.
claudinei luis werner
CLAUDINEI LUIS WERNER

SÃO MARTINHO - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/02/2014

aqui rs tambem esta 25 dias sem chuva as pastagens tiveram perca de 50%  no minimo se escuta 1 a 2 produtor por semana liquidando tudo preço do leite 60 a 90 centavos rações a partir de 95 a 1,15 nimguem aguenta falam de melhores preços só a partir de maio
Carlos Otávio Farage Fonseca
CARLOS OTÁVIO FARAGE FONSECA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/02/2014

E os laticinios fazendo reuniões para abaixar o leite, governo tem que combater a cartelização, poque  eles perderam noção do que está acontecendo no campo.
jose humberto garcia junior
JOSE HUMBERTO GARCIA JUNIOR

CAMPO BELO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/02/2014

Na região de campo belo MG e cidades ao redor a perda na produção de milho e outras culturas como o café sera de uns 50% com certeza.No setor leiteiro, o laticinio para quem forneço me disse que o volume capitado já caiu 20%. agora as chuvas retornaram,mas estamos com medo de arriscar com safrinha.
odair procope de Souza
ODAIR PROCOPE DE SOUZA

EM 18/02/2014

Moro em Reserva do Cabaçal- sudoeste de Mato Grosso, sou mineiro de Mendes Pimentel-MG, dá pena ver o produtor sofrer com a seca, afinal de contas é ele que sempre produz alimentos, aqui em Mato Grosso chove muito, ano passado no sudoeste do estado não tivemos seca praticamente, este ano ano está chovendo muito, as pastagens estão verdes, o governo precisa olhar mais para estas regiões que enfrentam seca, dar mais financiamentos para os produtores, eles tem que ter tratamento diferenciado, pois gastam muito para produzir. Um abraço a todos os conterrâneos mineiros . Desejo sorte na atividade rural.
Sidney Lacerda Marcelino do Carmo
SIDNEY LACERDA MARCELINO DO CARMO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/02/2014

Prezados,



Em Bonfim-MG a captação teve uma queda de 20 a 25% da produção em pleno período das águas. Vcs verão a queda na seca brava uma vez que muitos milhos para silagem não conseguiram nem granar.



Grato
glaucio gurgel spinola
GLAUCIO GURGEL SPINOLA

MONTES CLAROS - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/02/2014

Aqui no norte de Minas a coisa está pior, estamos com 50 dias de veranico, salvo algumas chuvas localizadas, a produção de volumoso caiu 50%, caso persista a estiagem teremos um cenario já mais visto em nossa região,  fico perplexo com a inércia do governo e das próprias cooperativas que não fazem praticamente nada para reverter este quadro, acreditem,  mais de 80% dos produtores de leite possuem água subterrânea para irrigação, faltando a eles assistência técnica e recursos financeiros.Lastimável!!
Rafael Gustavo
RAFAEL GUSTAVO

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/02/2014

Ração a R$ 0,94 o Kg!

Leite tem q acompanhar a subida do preço do concentrado.

Espero que no próximo dia 25 o leite já tenha uma alta significativa!
José teixeira de Sampaio Neto
JOSÉ TEIXEIRA DE SAMPAIO NETO

PETROLINA DE GOIÁS - GOIÁS

EM 17/02/2014

Goiás não tem situação diferente. Mas, não é sabido ainda de propriedadesque pense em racionamento de água.  A minha região é de pequenos produtores organizados em associações, onde a maior delas é Associação dos Pequenos Produtores Petrolina-APROLEITE com  230 associados com preços pagos ao associados  R$0,98(livre)
Qual a sua dúvida hoje?