MG: Otimismo na agropecuária

O presidente da FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), Roberto Simões, mostrou otimismo ao falar sobre safra de grãos do ano passado e sobre a perspectiva de que o preço do leite pago aos produtores, que foi recorde em 2013, se mantenha [...]

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É de otimismo o tom da entrevista do presidente da FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), Roberto Simões, publicada nesta segunda-feira pelo Hoje em Dia. Ele se baseia na boa safra de grãos do ano passado e na perspectiva de que o preço do leite pago aos produtores, que foi recorde em 2013, se mantenha neste ano. Não há sinais de mudança na previsão feita por ele, há quatro anos, de que o Brasil será um dos maiores exportadores mundiais de leite, como já é de carne, pois tem áreas e condições favoráveis à expansão.

Se a profecia se confirmar, será muito bom para Minas, o Estado que mais produz leite e derivados, com o maior rebanho bovino do país. A produção de leite é a atividade econômica mais frequente em Minas, que também lidera a produção de café, cujos baixos preços responderam, no ano passado, pela redução do VBP (Valor Bruto da Produção) da agricultura mineira, depois do recorde de R$ 29 bilhões em 2012.

A Faemg tem dirigido seu trabalho aos agricultores familiares, com empregados, donos de área acima de dois módulos rurais. Deve-se a eles grande parte da produção agropecuária, apesar de não contarem com assistência técnica gratuita do governo e encontrarem dificuldades de crédito no setor bancário. Sobretudo os que tiveram algum problema na produção e não puderam pagar o financiamento no prazo contratado. Segundo Simões, antes a renegociação era feita naturalmente. Hoje, “qualquer movimento no sentido de renegociar uma dívida é visto com maus olhos pelos bancos”.

Mudar essa atitude seria de grande ajuda. Mas a realização da previsão de exportar leite depende também da desvalorização cambial. Simões acredita que, com o dólar valendo R$ 2,30, a agricultura mineira será beneficiada, pois o setor está baseado mais na exportação do que na importação. Esta se limita quase somente a fertilizantes e defensivos.

Daí a importância de a Petrobras construir em Uberaba a fábrica de amônia, estimada em R$ 2,23 bilhões, que “é fundamental para o setor agrícola brasileiro”, diz Simões. Quanto aos defensivos agrícolas, o presidente da Faemg enfrenta uma questão polêmica, ao defender a permissão para uso no Brasil de produtos hoje proibidos, para uso contra uma praga nova, a lagarta helicoverpa, que vem atacando em Minas lavouras de milho, soja e algodão.

Quanto ao problema de 150 mil cafeicultores mineiros que periodicamente enfrentam crise causada por baixo preço da saca de café e por alto custo de produção, o presidente da Faemg não aponta uma solução, a não ser uma política mais adequada para o setor. Uma política que deveria incluir a eliminação de pés de café pouco produtivos ou de baixa qualidade.

Mas erradicação é ideia polêmica. Nem sempre ela deu os resultados esperados, quando testada no passado.

As informações são do Hoje em Dia.
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