Mercados emergentes são essenciais para crescimento global no setor de lácteos

As companhias de lácteos que querem capitalizar sobre o crescente mercado global precisarão cobrir os mercados emergentes do mundo, de acordo com uma apresentação da McKinsey & Company no 2016 IDFA Dairy Forum. Paul Carbonneau, sócio da McKinsey & Company e Ludovic Meilhac, sócio associado da companhia, começaram pesquisando e falando com várias organizações de lácteos da Associação Internacional de Alimentos Lácteos (IDFA) há alguns meses para descobrir onde as companhias americanas podem crescer em uma indústria que está em constante mudança. Eles entrevistaram 33 executivos c-suite, 61 companhias de lácteos e 10 especialistas no setor de lácteos e varejo da McKinsey.

Publicado por: MilkPoint

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As companhias de lácteos que querem capitalizar sobre o crescente mercado global precisarão cobrir os mercados emergentes do mundo, de acordo com uma apresentação da McKinsey & Company no 2016 IDFA Dairy Forum. Paul Carbonneau, sócio da McKinsey & Company e Ludovic Meilhac, sócio associado da companhia, começaram pesquisando e falando com várias organizações de lácteos da Associação Internacional de Alimentos Lácteos (IDFA) há alguns meses para descobrir onde as companhias americanas podem crescer em uma indústria que está em constante mudança. Eles entrevistaram 33 executivos c-suite, 61 companhias de lácteos e 10 especialistas no setor de lácteos e varejo da McKinsey.

Durante essa pesquisa, a dupla descobriu que 40% das companhias de lácteos disseram que tinham planos para expandir as operações fora dos Estados Unidos, o que significa que 60% não tinham. Por que isso pode ser um problema? “Queda no consumo” foi a frase mais frequentemente usada durante essas entrevistas, disseram Carbonneau e Meilhac. Isso não surpreende, à medida que não houve ganhos no consumo per capita nos Estados Unidos no setor de lácteos nos últimos quatro anos, mesmo com um aumento da população de 0,8% de 2010 a 2014. Ao mesmo tempo, nesse mesmo período, a China viu um crescimento de 6,1% no consumo per capita e a Índia 3,6%.

Algumas companhias começaram seu trabalho no sentido da expansão, disseram eles, à medida que 25% delas que expandiram para outros mercados disseram que têm plantas no exterior. Aproximadamente 68% dessas companhias disseram que têm mais capacidade do que há cinco anos, um fator chave para servir aos mercados em crescimento. “Alguém já descobriu isso lá fora”, disse Carbonneau. “Eles levaram um modelo de negócios que funciona... tanto que eles estão dobrando as oportunidades. Então, isso é possível”. Os dois disseram que existem três respostas estratégicas que podem ajudar as organizações de lácteos a crescer:

1. Crescimento global
2. Crescimento além dos modelos tradicionais de negócios
3. Visão orientada à inovação

Capturar o crescimento global como uma companhia de lácteos pode parecer diferente nos mercados doméstico e internacional. Carbonneau disse que, dentre as cinco maiores companhias de lácteos dos Estados Unidos, somente 5% das receitas vêm dos mercados internacionais e 95% dos mercados domésticos. Para as companhias da IDFA, esse número vai para 15% de receitas internacionais. Para as cinco maiores companhias de lácteos da União Europeia (UE), 49% de sua receita vem de negócios internacionais e 51% do mercado doméstico. “Essa é uma mudança profunda”, disse Carbounneau, acrescentando que esses números mudarão à medida que as companhias dos Estados Unidos começarem a perceber o quão vantajoso isso é para atrair mais negócios globais.

Carbonneau disse que haverá quatro questões que as companhias dos Estados Unidos precisarão responder antes de alcançar o crescimento global, incluindo como eles podem descobrir as tendências em mercados chave, se as organizações estão prontas para investir recursos em novos mercados, se há necessidade de ter um sócio internacional no local e como os riscos de commodities e da moeda, além da volatilidade, serão administrados. As companhias de lácteos podem encontrar crescimento vindo de métodos não tradicionais, disse Meilhac. O leite está perdendo participação de mercado, mas os ingredientes lácteos estão vendo um grande crescimento.

De fato, os ingredientes lácteos verão um crescimento anual de 3% de 2011 a 2020, quando alcançarão 2,36 bilhões de quilos de produção. Essa é uma taxa muito mais rápida do que o crescimento anual de 1,3% de queijos naturais durante esse período, ou do encolhimento negativo de 0,5% de queijos processados nesse período.

Meilhac relacionou isso ao que está passando a indústria de refrigerante. Essa indústria teve que mudar de refrigerantes e sucos adoçados para bebidas não adoçadas e água. Ele disse que as organizações de lácteos em crescimento podem tirar vantagem do mercado global, incluindo em setores como alternativas aos lácteos (um mercado que deve crescer anualmente 8,1% até 2020), bebidas de leite com sabor (crescimento de 5,4% anual até 2020) e leite orgânico (crescimento de 4,4% por ano até 2020).

Isso pode significar que as organizações de lácteos precisarão considerar sair de um produto padrão para um focado em saúde, bem-estar e estilo de vida. Isso, disse Meilhac, ajudará a expandir as oportunidades de crescimento o mercado doméstico e no exterior.

As informações são do Dairy Reporter.
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