Medo de contaminação por bactéria causadora do botulismo foi "divisor de águas" para Fonterra

O medo de contaminação do concentrado de proteína do soro do leite pela bactéria causadora do botulismo foi um momento "divisor de águas" para a Fonterra em termos de segurança alimentar [...]

Publicado por: MilkPoint

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O medo de contaminação do concentrado de proteína do soro do leite pela bactéria causadora do botulismo foi um momento “divisor de águas” para a Fonterra em termos de segurança alimentar, concluiu uma investigação independente sobre o incidente.

O relatório, segundo e final, da Investigação do Governo sobre o Incidente de Contaminação da Proteína do Soro do Leite afirma que a Fonterra aprendeu desde o incidente que a segurança alimentar não pode ser comprometida às custas da produção e do lucro.

A Fonterra, que tem sede na Nova Zelândia, emitiu um alerta a oito clientes, incluindo a Danone, em 2 de agosto de 2013, de que três lotes de concentrado de proteína do soro do leite potencialmente contaminados com a bactéria causadora do botulismo, Clostridium botulinum entraram na cadeia de fornecimento. Testes feitos depois mostraram que a bactéria contaminante era Clostridium sporogenes, uma cepa não tóxica.

“O incidente foi um momento divisor de águas”, disse o relatório. “A Fonterra percebeu da forma mais profunda que a segurança alimentar era uma coisa sem a qual é impossível alcançar qualquer outra prioridade da companhia, sejam vendas ou lucros, uma reputação solida, a forte confiança dos consumidores ou um futuro seguro em estágio mundial”.

“Com essa percepção, veio uma reavaliação das raízes e da marca de todas as facetas de suas operações. A segurança alimentar está agora assumindo seu lugar de direito na parte superior das prioridades da Fonterra. A companhia, entretanto, ainda tem um caminho a percorrer”.

O primeiro relatório de investigação do Governo sobre o incidente foi publicado em dezembro de 2013. Esse relatório concluiu que o medo causado pela possível contaminação pela bactéria causadora do botulismo “não foi resultado de nenhuma falha de regulamentação”.

O segundo e último relatório, baseado em uma investigação de seis meses que começou em maio de 2014, examinou as causas do incidente e as respostas da Fonterra e do Ministério de Indústrias Primárias.

“A falha da Fonterra em avisar o Ministério das Indústrias Primárias e seus clientes mais cedo do potencial problema de segurança alimentar” esteve entre as principais descobertas. “Tendo notificado o Ministério, a Fonterra não tinha um plano bem preparado de crise do grupo (revisto ou treinado) para implementar, incluindo crises nas comunicações (particularmente nas mídias sociais). A Fonterra demorou até 18 de agosto para rastrear todos os produtos afetados, um esforço seriamente deficiente. A Fonterra não coordenou efetivamente suas ações com aquelas do Ministério, da Danone e do Governo durante a crise”. Como resultado disso, a resposta do Ministério foi prejudicada.

“O Ministério merece crédito por muitos aspectos de sua resposta, mas essa deveria ter sido um processo de tomada de decisões melhor documentado, usando avaliações de risco mais rigorosas baseadas em ciência e melhores coordenadas com a indústria para evitar uma confusão desnecessária entre os consumidores e outros”.

Clique aqui  para ver o relatório completo (em inglês).

A reportagem é do Dairy Reporter.
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