Mapeamento orientará combate da tripanossomose em Minas

Representantes da FAEMG, estiveram reunidos na tarde de ontem (17/9), em BH, com equipes do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária) e do Mapa (Ministério da Agricultura) para tratar do surto de tripanossomose bovina no estado. A doença tem preocupado entidades e pecuaristas, já que números não-oficiais apontariam para mais de 500 animais mortos nas últimas semanas. Segundo o analista de agronegócios da FAEMG [...]

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Representantes da FAEMG, estiveram reunidos na tarde de ontem (17/9), em BH, com equipes do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária) e do Mapa (Ministério da Agricultura) para tratar do surto de tripanossomose bovina no estado. A doença tem preocupado entidades e pecuaristas, já que números não-oficiais apontariam para mais de 500 animais mortos nas últimas semanas.

Segundo o analista de agronegócios da FAEMG, Wallisson Fonseca, o principal aspecto tratado no encontro foi a necessidade de que seja feito o mapeamento da real situação em Minas: “É importante melhorar a comunicação dos casos em MG junto ao órgão de defesa sanitária, para que possamos fazer a quantificação e localização geográfica de incidência. Ao mesmo tempo, é preciso agirmos com celeridade em seu combate. Para ambas ações, o primeiro passo precisa ser a notificação documental dos casos”.

Ele explica que os produtores devem providenciar o envio ao MAPA de laudo técnico, assinado por médico veterinário, atestando a ocorrência da tripanossomose em animal de seu rebanho, e solicitando a importação do medicamento para o combate. “O Ministério tem agido com bastante agilidade, concedendo em até 48 horas a liberação para a compra de pequenas quantidades. Para pessoas físicas, isso tem sido providenciado praticamente sem impedimentos”.

Durante a reunião, a representante do MAPA, Juliana Laender, afirmou que o levantamento de dados oficiais poderia, inclusive, favorecer a elaboração de novas alternativas para o combate. O especialista da FAEMG, Wallisson Fonseca explica: “Caso se comprove uma incidência realmente alta, o Ministério pode entender como importante termos o medicamento a tempo e a hora nas gôndolas brasileiras, e iniciar diálogo junto aos laboratórios e instituições de pesquisa para que ele seja produzido no país, desde que haja viabilidade comercial”.

A notificação, segundo Wallisson, também deve ser rapidamente feita junto ao órgão de defesa sanitária de seu estado, que em Minas é o IMA. O objetivo, segundo ele, é dar agilidade no processo de importação depois de autorização pelo MAPA, reduzindo a morosidade dos tramites alfandegários. Entretanto, ele afirma que muitos produtores não realizam a comunicação, por temerem que suas propriedades sejam interditadas, e o rebanho, sacrificado: “O IMA tem deixado bastante claro que a tripanossomose não motivaria a interdição e nem o sacrifício de animais afetados, já que é uma doença totalmente tratável. Com a notificação, é possível agir de forma rápida e minimizar os prejuízos ao produtor”.

Grupo de trabalho

FAEMG, IMA, UFMG e CRMV estão formando uma força tarefa para atuar no diagnóstico da tripanossomose no estado. Na última semana, a FAEMG havia emitido comunicado urgente solicitando a atenção dos produtores mineiros para o registro oficial dos casos, e está mobilizando uma rede de informação mapeada e confiável com seus 384 Sindicatos Rurais.

Além disso, a Federação está orientando os produtores para boas práticas, a fim de reduzir a propagação da doença. A tripanossomose é transmitida pela chamada “mosca do estábulo” e, principalmente pela reutilização de agulhas não esterilizadas: “É preciso que o produtor esteja alerta para o manejo correto, com aumento da higiene no curral (especialmente considerando-se o início do período chuvoso, em que aumenta a proliferação de moscas) e descarte das agulhas, animal por animal”. Na pior hipótese, se houver necessidade de reutilização, as agulhas precisarão ser muito bem esterilizadas após cada animal, evitando o contágio.

“Recomendamos ainda que o produtor faça exames laboratoriais periódicos de todo o seu rebanho, facilitando a identificação da doença antes mesmo da manifestação dos sintomas”, explica Wallisson Fonseca.

As informações são do Sistema FAEMG.
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Carlos Nunes De Rezende Neto
CARLOS NUNES DE REZENDE NETO

ITUIUTABA - MINAS GERAIS

EM 23/09/2014

Bom dia.O produtor Jarbas está certo.Tenho propriedade no município de Prata e sou cooperado da Cooprata.Vi de perto o problema,o medicamento demorou para ser liberado e acabou rápido pois todos produtores da região foram comprar lá.Esperamos mais agilidade na liberação de importação do medicamento.
jarbas peixoto
JARBAS PEIXOTO

UBERABA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/09/2014

Ao que nos consta,   não é correta a afirmação de que  o Ministério autoriza a importação do medicamento em até 48 horas.   A COOPRATA - Cooperativa dos Produtores Rurais do Prata -  fez requerimento, com processo de autorização para importação do medicamento  (que não tem no Brasil),  HÁ CERCA DE SEIS MESES e até hoje não obteve solução.   (O Estoque do medicamento que havia importado, com milhares de doses além do que iria utilizar,    esgotou-se porque outras regiões do Estado  adquiriram o remédio para tratar gado acometido pela doença).     Outro equívoco é fazer  "mapeamento"  de áreas contaminadas.   O IMA já tem plena ciência  de todas as regiões do Estado onde foram registradas ocorrências.   Esses focos surgiram em Campo Florido,  depois Veríssimo,  Prata,    Araxá, Sacramento,   Uberaba, Uberlândia, Ituiutaba, etc  e se disseminaram para várias outras cidades.      Deve, assim, a nosso ver, considerar-se uma infestação generalizada, nos dias atuais, porque  HÁ MAIS DE TRÊS ANOS REGISTRAM-SE OCORRÊNCIAS DA DOENÇA.       Ao que parece,  tentam   "tapar o sol com a peneira".     O Ministério tem é que autorizar  ---  SEM MAIORES BUROCRACIAS ----   a aquisição do  único remédio que combate a doença.    Há vários produtores em nosso Estado perdendo gado por falta de remédio e, principalmente,  de orientação.      O que é necessário é mais objetividade para enfrentar o tema.  Quem quiser obter maiores informações sobre a questão poderá ligar para o telefone (34) 3431-8500 (COOPRATA) e falar com o veterinário Dr. Zito,  que, ao que parece, tem estudado o assunto sem muito, ou sem nenhum,  apoio dos órgãos responsáveis.


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