Manejo reduz emissões de carbono em até 40%

A substituição da pastagem convencional por sistemas integrados de produção que agrupem Lavoura, pecuária e florestas em uma mesma extensão de terra seria suficiente para que a agricultura cumprisse seu papel na meta de redução de gases de efeito estufa no País até 2020.

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A substituição da pastagem convencional por sistemas integrados de produção que agrupem Lavoura, pecuária e florestas em uma mesma extensão de terra seria suficiente para que a agricultura cumprisse seu papel na meta de redução de gases de efeito estufa no País até 2020. 

Como parte do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC), foram coletadas amostras de solos em quatro regiões brasileiras para comparar o potencial de sequestro de carbono (quantidade que deixaria de ser emitida) com base em diferentes tipos de manejo. No Sudeste, a variação de gás carbônico que deixaria de ser emitido para a atmosfera chega a 40%.

O estudo Mitigando Emissões de Gases na Agricultura: Bases para o Monitoramento do Programa ABC foi feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com a Unicamp. Também foram analisadas as Regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste.

O objetivo foi quantificar os estoques de carbono em áreas que adotaram sistemas de Integração Lavoura Pecuária (ILP), Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) e Agroflorestais (SAF). "O potencial de retenção de carbono no solo varia, dependendo do bioma. É maior no Sul que no Nordeste, por exemplo, por conta das variações de clima e temperatura", diz Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária.

No Sul, áreas de pastagem convencional retêm 20% a menos do que as que adotaram o sistema ILPF. No Centro-Oeste, essa variação foi de 6%, índice semelhante ao verificado no Nordeste. O período mais adequado entre uma medição e outra, segundo o estudo, é de cinco anos.

"O principal entrave para a adoção de outros tipos de manejo é o sistema de crédito, que hoje privilegia e financia a monocultura", explica Assad. "Os juros para o Plano ABC são maiores e afugentam os pequenos produtores."

Até dezembro, a Embrapa espera concluir o estudo em solos da região amazônica.


A reportagem é do Estado de São Paulo, adaptada pela Equipe MilkPoint.
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josé Carlos Rodrigues da Luz
JOSÉ CARLOS RODRIGUES DA LUZ

SERRA TALHADA - PERNAMBUCO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 03/04/2013

Olá Srs. da EMBRAPA do Semi-Árido Pernambucano!

Eu gostaria de receber as informações necessárias sobre este valioso sistema  e de como devemos proceder com os excedentes da madeira retirada da caatinga  e se teremos autorização para venda e ou produção do carvão junto ao iBAMA ou CPRH ?

Nós ,os pequenos produtores, necessitamos  de maior orientação e acompanhamento técnico direto a campo e não no papel .Gastamos muito dinheiro com as pesquisas,entretanto assistimos  o apoio que chega aos grandes produtores  das demais regiões do País , enquanto  recebemos  male male nos assentamentos do INCRA e só. Abraço.
Qual a sua dúvida hoje?