Leitor Questiona - O que dá melhor rendimento por hectare: pastejo rotacionado ou capim cortado e fornecido no cocho?
Leitor Questiona: O leitor do MilkPoint Marcelo Effting, de Cafelândia/Paraná, fez um questionamento no Fórum Pastagens e Conservação de Forragens. Ele pergunta sobre o que dá melhor rendimento por hectare: "Vaca a pasto em piquetes rotacionados ou cortar o capim (com maquina cata-capim) no pasto e fornecer no cocho?" Qual a sua experiência e opinião com relações a este questionamento? Participe deixando o seu comentário.
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Ele pergunta sobre o que dá melhor rendimento por hectare: “Vaca a pasto em piquetes rotacionados ou cortar o capim (com maquina cata-capim) no pasto e fornecer no cocho?“
Ele ainda complementa que gostaria de entender “se é melhor a vaca ir no pasto buscar o alimento, onde vai pisotear a terra e amassar a pastagem, ou cortarmos esse capim e trazer no cocho diariamente, o mesmo volume que elas iriam pastejar nos piquetes.”
Qual a sua experiência e opinião com relações a este questionamento?
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ARAXÁ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 16/03/2019

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - ESTUDANTE
EM 02/04/2018
Ficando assim de 57 a 63 dias sem gado no piquete!
Vantagem? Evitar os carrapatos e moscas cada vez mais resistentes, principalmente em rotações mais intensivas!

ARARUAMA - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 19/08/2015
SÃO PAULO - SÃO PAULO
EM 19/03/2015
abs
EM 18/03/2015

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 29/07/2014

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 17/07/2014
São raras as fazendas com 300 ou 400 vacas no Brasil, com apenas duas pessoas trabalhando creio que é impossível, ao menos frente a realidade atual em nosso país, isso é possível em países como a Nova Zelândia, onde duas pessoas ordenham e o restante do trabalho, como adubar pasto, consertar cercas, inseminar, cuidar de bezerras e novilhas, arrastar uma vaca morta, são realizados por terceiros.
Sobre o exemplo citado pelo Marcelo Rezende, não é de admirar, afinal de contas quem acha que trator é para embelezar fazenda tem mais é que se contentar com pouca vaca, pouco leite e muito trabalho. Sem máquinas nos dias de hoje um homem não serve para nada, é um zero a esquerda, um aleijado...
QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS
EM 16/07/2014
Não é rotulação, é a constatação da realidade. Ou é extremamente comum ver fazendas no Brasil com duas pessoas dando conta de 300 a 400 vacas sozinhos?
O Marcelo Resende postou recentemente um texto avaliando as propriedades familiares produtoras de leite e suas principais limitações para aumentarem sua produção. A grande maioria das fazendas tem capacidade de ter muito mais animais. O grande limitante para o aproveitamento deste potencial é a mão de obra. Ou será que o produtor brasileiro não gosta de produzir mais ou ganhar mais?
Então pense que este produtor tem o recurso mais importante do sistema, a terra, e não faz uso total do que dispõe.
As comparações acima citadas por alguns que comentaram foi elevar a taxa de lotação pelo processo de colheita mecânica. Essa mesma elevação pode ser alcançada com muito menos capital e muito menos trabalho apenas manejando corretamente as pastagens. Em segundo somente existe alta lotação se houver alta fertilidade de solo e alto uso de adubação nitrogenada, independente do sistema de colheita. Muitos produtores pensam que colhendo o pasto ao invés de pasta-lo vai elevar sua taxa de lotação, quando na verdade isso depende muito mais de elevar a capacidade produtiva da forragem. Pense nisso!
SÃO PAULO - SÃO PAULO
EM 16/07/2014
Calcular os custos do que foi perguntado lá no início do debate em função das características da propriedade em questão e também associar as exposições.
Minha colocação é bem simples quanto vou investir e quanto vou receber de volta pós investimento. Pois eu acredito que toda a discussão ficou sem a comprovação do financeiro correto.
Se for para ficar discutindo impondo a opinião que seja comprovada ou nem faça... se for para opinar expondo pode fazer e aquele que perguntou raciocinar no exposto ficando tudo bem...
Minha opinião: Sem fazer conta não dá...se for investido 1 real e não retornar mais que 4 reais...nem testo...pois só vou absorver tal mudança depois de testar isto e der o resultado esperado, muitos fatores podem contribuir para o lado negativo. Produção Animal Profissional em qualquer parte do mundo é técnica e financeira, ambas situações comprovadas.

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 16/07/2014
Mais absurdo que antes... Não dá para imaginar que alguém possa rotular o produtor como sendo incapaz de cuidar de mais que 10 a 20 vacas, apenas pelo simples fato de não ter um número maior de animais. Assim como é absurdo associar a colheita mecanizada a falta de adubação das forragens.
Eficiência não está associada a sistema de produção ou tamanho da propriedade e rebanho, mas sim a capacidade de fazer os recursos que se tem a disposição gerarem renda. Pense nisto.
MATUPÁ - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 14/07/2014
Votos de sucesso meu amigo!!!!!!!!!!
HONÓRIO SERPA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 14/07/2014
QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS
EM 14/07/2014
Sei bem como são os problemas com lama. Aqui chove até 3000 mm de chuva por ano e nosso solo tem mais de 60% de argila.
A primeira coisa quando se pensa em combater lama em corredores é fazer as vacas utilizá-los o mínimo possível. Para isso água deve estar no piquete ou o mais próximo possível para evitar que as vacas tenham que caminhar muito para beber. O mesmo vale para sombra. Com o aumento de consumo de forragem, a energia gasta e consequentemente o aumento de produção, o investimento na distribuição de água se paga em um ano, ou menos.
Em segundo é preciso investir nessa estrutura. Corredores bem dimensionados, com 4 a 5 metros de largura, elevados (igual estradas que passam por processo de adequação), abaulados e com drenos laterais para que a água escoe para fora da estrutura. Retirar a camada de vegetação e formar uma base rígida, com cascalho por exemplo, compactar bem e em seguida cobrir com uma camada mais macia, argila corrigida com cal virgem por exemplo, para que as vacas não danifiquem os cascos. Na superfície o uso de pedrisco de calcário ajuda a dar uma estrutura confortável para o caminhar e ainda o calcário reage com o solo melhorando sua estrutura.
Compactar bem, corrigir defeitos que vão surgindo como formação de poças e fazer manutenção periódica, como readequar, acrescentar mais pedrisco, etc. A vida útil de um corredor bem feito pode ser de mais de 10 anos com apenas alguns reparos periódicos com centenas de vacas caminhando sobre ele.
A construção de áreas de refugio para os dias de intensa chuva também ajuda muito na preservação da pastagem. Deixar um piquete em uma área com elevação ou construir estruturas como as usadas em confinamento de gado de corte em áreas planas, onde você constrói um monte elevado, um metro de altura por cinco a dez metros de largura, com o comprimento que for necessário, para que as vacas permaneçam em um local seco após pastejarem por 2 a 3 horas.
Boa estrutura de espera para as vacas da ordenha entre outras tantas outras ações ajudam e vão depender da necessidade específica da fazenda.
A ideia do sistema a pasto é investir para dar condições para que as vacas possam exercer a função de pastejo e não o contrário. Se for cortar forragem todo dia para fornecer no cocho monta logo um confinamento e trabalha com silagem de milho que é operacionalmente muito mais fácil.
Abraço
QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS
EM 14/07/2014
A estrutura da grande maioria das fazendas produtoras brasileiras consiste em uma ou duas pessoas da família ou o produtor com mais um ou dois meeiros, funcionários, ajudantes, o nome não importa, trabalhando com rebanhos de 30 a 50 vacas em produção. Estou errado?

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 14/07/2014
Que número mais absurdo é esse, um funcionário da conta de 10 a 20 vacas? Eu nunca vi uma fazenda com 100 vacas ter 10 funcionários, nem nos tempos de ordenha manual, nem cortando cana manualmente. Fala sério...
QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS
EM 14/07/2014
Se tu puxar a base deste debate verás que já fiz minha contribuição construtiva.
Estes produtores que tiveram melhor resultado produtivo sabem de fato como manejar uma pastagem? Sabem definições simples como altura de entrada e de saída, oferta de forragem, níveis ideais de fertilidade de solo para aquela cultura e quanto de adubação de cobertura deve ser feita para cada tonelada de MS produzida, taxa de lotação adequada?
Seguindo estas noções básicas sobre produção de pastagem é possível ter alta produção e alto aproveitamento (80-90%) via pastejo direto dos animais. Em algumas épocas (2 ou 3 ciclos no ano, dependendo das condições climáticas) haverá oferta acima da demanda e vai se perder forragem. Nesses momentos é necessário intervir, seja roçando o excedente para não comprometer o próximo ciclo, seja cortando antes da entrada dos animais (como descrevi no primeiro comentário desta discussão), seja isolando alguns piquetes e produzindo feno ou pré-secado. Estas técnicas permitem manter alta qualidade das pastagens e alto aproveitamento das mesmas.
Para finalizar, considero que complicar o processo de tal forma não facilita o trabalho do produtor. Muito pelo contrário, o faz trabalhar muito mais para obter o mesmo retorno. No Brasil um funcionário em tempo integral dá conta de 10 a 20 vacas em sistemas a pasto. Em países onde os produtores fazem a devida gestão das pastagens um funcionário dá conta de 180 a 250 vacas. Alguma coisa está errada nesse processo, não acha?
MATUPÁ - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 14/07/2014
Ainda, a operação mecanizada nesses dias pode ser a amostra grátis do inferno...
Gostaria que compartilhasses conosco, como tens mexido nessas estruturas para que aguentem bem o período chuvoso.
obrigado
André

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 13/07/2014
O brasileiro adora trocar seis por meia dúzia. E ainda acha que teve lucro...

LAGOA VERMELHA - RIO GRANDE DO SUL - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
EM 11/07/2014
A finalidade do blog é passar experiencias uns para os outros, infelismente os que se opoem tendem a criticar de forma não construtiva.
E para finalizar digo que os que tem oportunidade de adquirir maquinas e equipamentos a vista ou financiado que o faça de forma inteligente e cuidadosa que certamente terão retorno, abraços e sucesso a todos.
QUEDAS DO IGUAÇU - PARANÁ - OVINOS/CAPRINOS
EM 11/07/2014
A ideia do sistema a pasto é justamente a vaca colher sua própria comida e espalhar seus dejetos. Esse é o principal fator de redução de custo de produção.
Fazendo um manejo correto das pastagens você consegue uma alta lotação e uma alta produção por vaca. É muito comum ver aqui no sul agora no inverno áreas de azevém bem manejadas com mais de 5 vacas/ha e produção acima de 30 litros/dia com uma pequena suplementação de concentrado energético. No verão esta lotação alcança até 15 vacas/ha. Isso gera uma alta produtividade por área a um custo relativamente baixo.
Vacas pastando significa menos investimento em instalações para alimentar os animais e máquinas para cortar, transportar, limpar e distribuir dejetos, menos mão de obra em todas estas tarefas, menos combustível, menos depreciação, menos juros sobre capital investido, etc.
É muito simplista a comparação de quanto se aproveita do pasto cortando ou pastando. Que bom se fosse assim. O estranho dessa história é que o produtor não se acanha em investir em barracões e maquinas mas não tem a capacidade de investir em corredores elevados, abaulados e com sistemas de drenagem para que as vacas não se atolem na lama para chegar a ordenha. Também essas vacas gastam uma porção de energia andando kms por dia para beber água pois no piquete não há nenhuma fonte desse importante nutriente (sem contar a redução no consumo de forragem pela falta dela). Não há sombra adequada ao número de animais nem uma área em que as vacas possam ser deslocadas em dias de intensa chuvas após algumas horas de pastejo afim de não danificar o piquete. Não faz uma analise de seu solo periodicamente e muito menos repõe todo nutriente que é exportado.
É muito fácil culpar a bosta pelo mau aproveitamento do pasto. Mais fácil ainda é colocar a carroça na frente dos bois e passar a vida pagando empréstimos bancários ou gastando tudo que se ganha em investimentos que mais embelezam a fazenda do que trazem retorno econômico.