Leite fermentado contendo probióticos "melhorou" síndrome do intestino irritável
A Danone Nutricia Research e a French National Institute for Agricultural Research (INRA) publicaram descobertas que afirmam que mostram os efeitos "benéficos" de produtos à base de leite fermentado contendo probióticos na microbiota intestinal. Os dados, publicados no site do Scientific Reports na semana passada "desafiam a visão de que os microrganismos ingeridos com alimentos têm [...]
Publicado por: MilkPoint
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Os dados, publicados no site do Scientific Reports na semana passada “desafiam a visão de que os microrganismos ingeridos com alimentos têm pequeno impacto no funcionamento da microbiota do intestino humano”. Ao invés disso, os probióticos como Bifidobacterium lactis fornecem “suporte aos efeitos benéficos para a saúde”, disse o estudo “Mudanças no microbioma intestinal humano induzido por um produto à base de leite fermentado”.
Um grupo de 28 pessoas, todas sofrendo da Síndrome do Intestino Irritável com constipação (IBS-C) foi solicitado a consumir um produto à base de leite fermentado (FMP) ou leite acidificado durante um período de quatro semanas. Em pessoas que receberam o FMP, contendo Bifidobacterium lactis, Streptococcus thermophiles, Lactobacillus bulgaricus e Lactococcus lactis, pesquisadores da Danone Nutricia Research e do INRA observaram um aumento na abundância de bactérias produzindo butirato, que é conhecido por seu efeito benéfico na saúde intestinal. Estudos anteriores mostraram uma redução nas bactérias produtoras de butirato naqueles que sofrem de IBS. A composição global da comunidade microbiana em pessoas que receberam FMP não mudou.
“O consumo do FMP melhorou a condição da IBS de pessoas comparado com o grupo controle”, disse o estudo.
O resultado, afirmaram os pesquisadores, “lançou luzes” sobre o potencial da presença de probióticos para estimular a criação de metabólicos benéficos e reduz a abundancia de microrganismos causadores de doenças.
“Essas modificações podem potencialmente melhorar a saúde e são importantes para as recomendações de saúde pública nos países ocidentais”, disse o estudo. “Isso indica que o papel das bactérias alimentares ingeridas na homeostase intestinal tem sido subestimado, possivelmente por causa de limitações metodológicas que podem, hoje, ser superadas. A elucidação de ligações intrincadas entre microrganismos ingeridos nos alimentos e simbiontes humanos podem, assim, ser resolvidos”.
Comentando sobre os resultados do estudo, Dusko Ehrlich, que liderou a pesquisa no INRA, disse: “Até agora, era impossível estudar o impacto dos probióticos na microbiota intestinal a nível de espécies bacterianas; a partir de agora, teremos uma visão muito mais detalhada da dinâmica desses ecossistemas”.
A reportagem é do http://www.dairyreporter.com, traduzido pela Equipe MilkPoint Brasil.
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