Leite encarece 96,8% no Grande ABC

Mais café, menos leite. Essa é a medida da xícara no café da manhã daqueles que moram na região. Isso porque faz algum tempo que o leite tem encarecido e pesado no bolso dos consumidores.

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Mais café, menos leite. Essa é a medida da xícara no café da manhã daqueles que moram na região. Isso porque faz algum tempo que o leite tem encarecido e pesado no bolso dos consumidores. De outubro de 2003 a este mês, o preço médio do litro da bebida subiu 96,8%, passando de R$ 1,25 para R$ 2,46. Nesse período, a inflação às famílias acumulou alta de 69%. Ao longo deste ano, o leite chegou a atingir R$ 2,80, em média.

A Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), responsável pela pesquisa semanal da cesta básica no Grande ABC, realizou o levantamento a pedido do Diário.

A explicação para a inflação do laticínio é um descompasso entre a produção nacional e o consumo, que vem crescendo anualmente. “Há alguns anos a bebida era vendida a preços muito baixos e isso desestimulou os pecuaristas a aumentar as produções, já que todo o processo é caro e necessita de investimentos (constantes)”, conta o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá de Benedetto.

Além do aumento do consumo das famílias, as indústrias fabricantes laticínios também aumentaram a produção de diversos itens lançados no mercado, elevando a demanda da matéria-prima.

Como se não bastasse, no meio do ano, principalmente, o inverno deixou os pastos secos e os produtores precisaram gastar mais para alimentar o gado com ração, cuja base são a soja e o milho. “Eles repassam esses gastos adicionais ao vender o produto final, não tem como”, conta o engenheiro agrônomo.

De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo), as elevações nos preços do leite ao produtor nos últimos meses foram sustentadas pelo consumo aquecido da população, que, mesmo com a valorização dos derivados lácteos nos supermercados, não deixou de adquirir esses produtos.

A boa notícia é que desde setembro os preços demonstram tendência de queda. “Agora, os preços dos derivados devem se estabilizar, principalmente os do leite UHT, já que o consumo pode não se sustentar. Além disso, o movimento de recuperação da produção de leite segue firme, ainda que este seja período de entressafra”, aponta o relatório mensal do Cepea.

As informações são do Diário do Grande ABC.
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Joselito Gonçalves Batista
JOSELITO GONÇALVES BATISTA

UBERABA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 08/10/2013

Como as iformações são passadas de forma distorcida e é por isto que o produtor nacional de leite nào consegue sobreviver e acompanhar o crescimento do consumo de lacteos no país. O leite sempre foi um produto marginalisado no mercado, principalmente o consumidor; acostumaram a comprar leite muito barato, até um copo dágua é mais caro que um litro de leite... Na verdade estamos vivenciando uma situação normal de mercado, onde falta materia prima em função de circunstancias também mercadologicas normais. Tivemos inteperies climaticas que afetaram a produção além de estarmos enfrentando uma certa desmotivação do produtor por ter sofrido muito com preços aquem da necessidade de pelos equilibrar os custos de sua atividade. O custo de produção cresceu muito no campo com o aumentos dos preços da soja e do milho principalmente e se o preço do leite ao produtor não fosse corrigido com certeza não teriamos leite hoje nas prateleiras dos supermercados, mesmo que ainda insuficiente para atender toda a demanda do crescimento do setor. Diriamos que neste momento estamos com as contas equilibradas dentro da cadeia produtiva do leite e acredito que não há mais espaço para retrocesso no processo como um todo. O consumidor precisa ser melhor informado de todo o processo produtivo desta cadeia para não imputar ao leite culpa que ele não. É um alimento de primeira necessidade e fica em evidencia nestes momentos. O leite precisa ser melhor avaliado como alimento completo que ele é ser melhor valorizado pelo consumidor.



Joselito
valmir leandro schatz
VALMIR LEANDRO SCHATZ

ITAPIRANGA - SANTA CATARINA - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 08/10/2013

Bom dia, na verdade a notícia acima não tem comentário, tamanho descompasso de informação, quando o autor fala do aumento do custo de produção que é repassado ao produto final, quando é que o produtor é quem dita normas de preço? primeiro produzimos e "entregamos" nossa produção aos laticinios e aí ficamos sabendo quanto receberemos, ou seja esse valor é determinado pela situação do mercado do leite, e não da soja ou do milho...outro fato é o aumento abusivo de preços acima de 90%, aqui no sul apesar de toda alta que teve o custo de produção a alta do leite foi de em torno de 30 a 35% para o produtor, ai cada um dos leitores pode fazer sua avaliação de quem é que está faturando e muito com essa situação, o que não podemos admitir que se afirmeque a queda de consumo de lácteosseja atribuída ao preço pago ao produtor, por alguns considerado "alto".
Qual a sua dúvida hoje?