Leilão gDT: leite em pó volta ao patamar de US$ 5.000/tonelada

O evento realizado nesta terça-feira (16/07) pela plataforma gDT (global Dairy Trade) apresentou elevação consistente de 4,9%, para US$ 4.828/tonelada quando se considera o índice geral dos produtos lácteos (GDT-TWI). Mercado segue firme e contratos para entrega no segundo semestre mantêm cotações elevadas.

Publicado por: MilkPoint

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O evento realizado nesta terça-feira (16/07) pela plataforma gDT (global Dairy Trade) apresentou elevação consistente de 4,9%, para US$ 4.828/tonelada quando se considera o índice geral dos produtos lácteos (GDT-TWI). Mercado segue firme e contratos para entrega no segundo semestre mantêm cotações elevadas.

Gráfico 1 - Histórico dos índices de variação do gDT

Fonte: gDT, elaborado pelo MilkPoint

Assim como o índice geral, a cotação do leite em pó integral também apresentou alta, porém ainda mais significativa: houve uma variação de 7,7% no índice GDT-WMP, fechando a US$5.058/tonelada. O leite em pó desnatado ficou cotado em US$ 4.566/tonelada, com aumento de 3,3% no índice GDT-SMP.

As cotações dos produtos lácteos continuam bem acima das observadas no mesmo período do ano passado. O preço médio dos lácteos está 75% maior que o observado no segundo leilão de julho de 2012. O leite em pó integral apresentou diferença ainda maior, sendo cotado a um preço 96% acima do observado no ano passado.

Interessante observar que mesmo para os contratos a serem entregues durante o pico da Nova Zelândia (novembro e dezembro), os valores para o leite em pó integral aumentaram, com preços próximos a US$ 5.000/tonelada e quase iguais aos valores para entregas antecipadas. “Essa elevação é uma indicação de que os compradores não estão acreditando em oferta excessiva no mercado internacional”, afirma Marcelo P. Carvalho, do MilkPoint Mercado.

No momento, há pouca disponibilidade de leite. Para contratos na primeira quinzena de agosto, a Fonterra não disponibilizou produto e a Amul, da Índia, fechou preços acima de US$ 4.000/tonelada.

Gráfico 2: Histórico de variação de preços dos produtos lácteos (gDT)

Fonte: gDT, elaborado pelo MilkPoint

Com relação à quantidade efetivamente vendida de lácteos, em comparação com os dados do leilão anterior, houve queda de 2%, fechando em 37.948toneladas. Quando comparamos com o mesmo período do ano passado, o aumento nas vendas também foi pouco significativo, com alta igualmente de 2%.

* Ressalta-se que o valor médio dos preços está relacionado aos preços dos contratos negociados no evento, enquanto o índice é uma média ponderada das variações percentuais dos preços dos produtos, e não dos níveis de preços. A variação no valor médio dos preços firmados no leilão não apresenta necessariamente a mesma variação do índice. O objetivo de usar o índice GDT é minimizar distorções no preço médio de vencimento dos contratos. Distorções que podem ser causadas por mudanças no volume demandado entre os produtos que compõem o índice, uma vez que os produtos apresentam diferenças significavas nos preços.


A matéria é da Equipe MilkPoint com informações da plataforma gDT.
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Vicente Romulo Carvalho
VICENTE ROMULO CARVALHO

LAVRAS - MINAS GERAIS - TRADER

EM 17/07/2013

Em 24-11-2008, ao manifestar na coluna NOSSA COMUNIDADE deste MILKPOINT, dentre outras colocações fiz a seguinte ao responder uma das questões propostas:



MKP: O que acha que falta no setor?

VRC: Consciência dos produtores para regularmos o mercado. Não entendo porque reclamar do preço e não buscar diminuir a produção, para equilibrar a oferta. Falta ter preço justo e digno. O povo precisa de alimento e o produtor, fazendo uso social da terra, precisa de preços justos/dignos, o que é muito diferente de fazer caridade - que é o que estamos fazendo, já faz tempo. Veja alguns dados, tal como a faixa etária do produtor rural. Esta está ficando cada vez mais alta.

Mantidas as proporções, ao invés de celeiro do mundo, seremos grande importador. Faltam políticas de médio e longo prazos para o setor. Produtor não precisa e não deve ter prorrogações de dívidas (exceto em situações excepcionais, tal como em caso de catástrofe, dentre outros semelhantes). Produtor precisa é de preços justos, previamente estabelecidos e garantidos pelo Governo, nos sistemas (AGF e EGF). Precisa-se plantar sabendo antecipadamente o preço mínimo, justo/digno, saber que ao colher terá um armazém do Governo e/ou credenciado pelo mesmo, para armazenar o produto, pegar o certificado e ir ao banco optar por uma das modalidades, resolvendo sua vida financeira, tudo dentro das regras do jogo que estavam traçadas.

Veja bem, há anos se discute a questão da dívida do setor rural. As vendas de carro caíram há um mês e já há solução do governo para isto. Coitado do setor rural, que descaso.

Concluindo, hoje, está provado, com a devida vênia, respeitados outros pontos de vista, que aquela colocação relativamente ao equilíbrio da oferta e demanda, não pode ser contrariada. Abraços.
Qual a sua dúvida hoje?