Kátia Abreu tenta acordo com fiscais mas greve continua e completa 15 dias

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, enviou no fim da tarde de ontem (01) uma carta ao Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) com a intenção de demonstrar apoio aos pleitos da categoria e pôr fim à greve. Reunido na noite de quinta-feira (1), o comando de greve, contudo, entendeu que a ministra não acatou formalmente nenhuma de suas reivindicações e, portanto, os fiscais permanecerão com a greve, que completou 15 dias nesta quinta-feira.

Marcos Lessa, vice-presidente do Anffa Sindical, disse que apesar de o Ministério do Planejamento ter garantido que irá atender a pontos de reivindicação dos fiscais, como a mudança da carreira de fiscal para auditor agropecuário e o reajuste salarial da categoria, a Pasta da Agricultura ainda não assegurou de maneira clara que acatará outros pleitos: regulamentação de um adicional para atuação em fronteiras, a ocupação dos cargos de gestão do ministério por critérios de meritocracia e a contratação de fiscais aprovados no último concurso público mas que ainda não foram nomeados. “A ministra nos entregou um documento sem nenhum acordo. Então, enquanto não concordamos, a greve continua”, disse o dirigente sindical.

No longo ofício encaminhado por Kátia ao sindicato, ela lista várias manifestações de apoio do ministério à categoria e pede para que as paralisações terminem. “ (...) nesse momento em que o país atravessa, é hora de retomarmos o nosso trabalho e estreitarmos nosso diálogo no sentido de implementar tais pontos, bem como outros que resultem na melhoria dos nossos serviços”, afirma a ministra, que ainda não se reuniu com membros do sindicato para tratar do tema.

Diante da falta de acordo até agora, a Frente Parlamentar da Agropecuária informa que se retirou oficialmente hoje das negociações em prol das exigências dos fiscais e do consequente fim das paralisações. Deputados e senadores da bancada ruralista é que estavam responsáveis até agora por intermediar as negociações entre fiscais e governo.

As informações são do Valor Econômico.