Apesar do cenário de crise política e fiscal no país, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), disse nesta quinta-feira (31) que sua Pasta continua trabalhando normalmente para desenvolver os focos de sua gestão. Suas metas são desburocratização, defesa agropecuária, ampliação da classe média rural, um orçamento plurianual para agricultura, fortalecimento da Embrapa e abertura de mercados no exterior. A ministra reafirmou os compromissos com essas prioridades e não quis comentar o contexto político.
Em seminário em Goiânia, promovido pelo governo do Estado de Goiás, com patrocínio do Santander e apoio do jornal Valor Econômico, Kátia defendeu a criação de um modelo de seguro rural de faturamento para produtores rurais e empresas do agronegócio. E que o ministério estaria trabalhando na formatação de um seguro que possa garantir definitivamente renda para o setor.
Ela explicou que esse formato de seguro rural seria incluído na Lei Agrícola Plurianual, uma das principais bandeiras de sua gestão que ela pretende encaminhar em forma de projeto de lei ao Congresso em agosto. Essa lei teria como inspiração a "Farm Bill", lei que regula o setor agropecuário nos Estados Unidos, que coincide o orçamento público da área de agricultura e pecuária com o calendário do setor. "Queremos implementar definitivamente um seguro de faturamento, que garanta renda aos produtores", disse a ministra. "Nosso maior esforço agora é para aprovarmos a Lei Agrícola Plurianual", afirmou.
A ministra também reiterou que sua Pasta vem procurando dar prioridade para a área de defesa agropecuária, que historicamente sofre com contingenciamento de recursos públicos. Segundo ela, os convênios firmados com os governadores para repasses de verbas nessa área estão sendo restabelecidos desde o ano passado. "Não economizamos um R$ 1 com defesa agropecuária", disse.
Em seu discurso, Kátia também relembrou do fim de embargos que países como China mantinham em relação às exportações de carne bovina por conta da doença do mal da vaca louca. "Em 2015 abrimos mercados da China, Rússia e Estados Unidos para as nossas carnes e os mercados chinês, russo e japonês para o leite brasileiro", disse.
De acordo com a ministra, a expectativa da FAO, braço da ONU para a agricultura, é que a demanda por alimentos cresça 40% até a próxima década, o que abre uma grande janela de oportunidades para as empresas brasileiras do agronegócio. Para isso, ela frisou que vêm sendo articulados novos acordos comerciais e acordos de preferência tarifárias com China e Índia, uma vez que esse modelo de negociação internacional só é permitido entre países com o mesmo grau de desenvolvimento. "Estou muito otimista com a Índia e a China”.
Ela também chamou a atenção para a necessidade de se criar uma empresa subsidiária da Embrapa, chamada de Embrapa Tec, para intensificar a atividade da estatal em pesquisa agropecuária e torná-la menos dependente do orçamento federal.
As informações são do Valor Econômico.
Kátia Abreu reafirma prioridades do ministério em meio à crise
Suas metas são desburocratização, defesa agropecuária, ampliação da classe média rural, um orçamento plurianual para agricultura, fortalecimento da Embrapa e abertura de mercados no exterior. A ministra reafirmou os compromissos com essas prioridades e não quis comentar o contexto político.
Publicado por: MilkPoint
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