A Itambé, controlada pela Vigor e pela Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR), tem vivido mudanças importantes recentemente. Após a saída do CEO Alexandre Almeida da empresa de lácteos, o ex-diretor comercial Antonio Magela assumiu interinamente o cargo. Na CCPR, Jacques Gontijo, que presidia a central, foi substituído na última eleição, em março, por Marcelo Candiotto, que chefiava a Cooperativa Regional de Produtores Rurais de Sete Lagoas (Coopersete), uma das filiadas à CCPR. Na Itambé há cerca de 30 anos, Gontijo era presidente da empresa quando 50% de seu capital foi vendido à Vigor, controlada pela J&F, há quatro anos.
Não há sinais, contudo, de que essas mudanças recentes na direção devam afetar a estratégia de crescimento da Itambé no médio prazo. Se em 2016 o foco foi a melhoria de margem por meio da aposta em produtos de maior valor agregado, como refrigerados, neste ano a receita é a mesma.
No ano que passou, a empresa elevou o faturamento em 9%, para R$ 3,19 bilhões e aumentou seu resultado líquido em 62% sobre o ano anterior, segundo Ricardo Cotta, diretor de relações institucionais e novos negócios da Itambé, sem divulgar o numero final. Esse desempenho foi possível, afirma, porque a empresa priorizou produtos com maior margem, como iogurtes, e diminuiu a produção de itens como leite condensado e leite em pó, que têm margens baixas e demandam grandes volumes de matéria- prima.
Um efeito disso foi que a empresa reduziu em 5,5% sua captação de leite no país em 2016, que ficou em 1,104 bilhão de litros. "Em 2015, tivemos uma exportação significativa de leite em pó para a Venezuela, e isso não ocorreu no ano passado", acrescenta, para justificar a menor produção do item. Ao concentrar esforços nos produtos de maior valor, a Itambé conseguiu crescer no mercado nacional de iogurte num ano em que houve queda nas vendas como um todo. Citando dados Nielsen, Cotta afirma que as vendas da companhia cresceram 5% em valor em 2016 ao passo que o mercado teve retração de 15%.
Uma explicação para o desempenho é a diversificação regional. "Buscamos crescer em áreas onde tínhamos pouca presença", observa o executivo. O resultado foi um avanço de 50% nas vendas de iogurte no Estado de São Paulo e de 75% no Nordeste. Ao mesmo tempo, segundo ele, a empresa se blindou em Minas Gerais, onde tem uma fatia de 25% do mercado de iogurtes.
Também contribuíram para o desempenho da Itambé em 2016 o avanço da linha de produtos sem lactose, o investimento em novos canais do food service e na comercialização de itens como misturas lácteas para os setores de panificação e sorveterias. Após o crescimento em 2016, o primeiro trimestre deste ano também foi positivo, segundo Cotta. "O foco continua sendo melhorar o resultado líquido", diz, acrescentando que a previsão é elevar o faturamento em 10% a 15% em 2017.
Mais uma vez os novos canais de venda, os refrigerados e os leites especiais serão as prioridades da companhia. Dentro do segmento de leites especiais, a empresa vai ampliar a linha de lácteos com mais proteínas, lançada em 2016.
No ano passado, a Itambé investiu R$ 50 milhões em Capex, para ampliação e modernização de linhas. Para este ano, segundo o executivo, a previsão é de aporte também na casa dos R$ 50 milhões, sendo a maior parte disso na linha ampliada de lácteos com maior teor de proteína.
As informações são do jornal Valor Econômico.
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Itambé prevê elevar receita em até 15%
A Itambé, controlada pela Vigor e pela Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR), tem vivido mudanças importantes recentemente. Após a saída do CEO Alexandre Almeida da empresa de lácteos, o ex-diretor comercial Antonio Magela assumiu interinamente o cargo. Na CCPR, Jacques Gontijo, que presidia a central, foi substituído na última eleição, em março, por Marcelo Candiotto, que chefiava a Cooperativa Regional de Produtores Rurais de Sete Lagoas (Coopersete), uma das filiadas à CCPR. Na Itambé há cerca de 30 anos, Gontijo era presidente da empresa quando 50% de seu capital foi vendido à Vigor, controlada pela J&F, há quatro anos.
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