Itambé premia maiores e melhores de 2014 em Araxá, MG (crédito da foto: José Márcio Cruz)
O presidente da CCPR, Jacques Gontijo Álvares, fez questão de lembrar que, na próxima semana, o sistema CCPR completará 66 anos, um marco para qualquer empresa. “Em maio de 1949, o então Secretário da Agricultura de Minas Gerais, Américo Giannetti, teve a ideia de transferir para sete cooperativas uma usina estatal que abastecia Belo Horizonte de leite, privatizando de forma inédita para a época”, contou.
Alexandre Almeida, presidente da Itambé (crédito da foto: Gilson de Souza)
“Tivemos dificuldades, mas também muitas conquistas nesse período”, avaliou. Jacques mencionou também a transformação recente, que criou a Itambé Alimentos S.A. em parceria com a Vigor. “Era uma ideia antiga do Dr. Pereira (ex-presidente da Itambé, falecido em 2013), no sentido de evoluir o modelo de atuação das cooperativas, que representam uma sociedade complexa”, explicou. “Dentro disso, optamos por fazer a separação entre a atividade primária, que envolve a captação e originação de leite, que é uma atribuição predominantemente das cooperativas, da atividade industrial e comercial”.
Jacques ressaltou que a Itambé sempre foi bem sucedida, estando entre os 3 maiores laticínios nos últimos 30 anos. “Porém, precisávamos buscar novos recursos para o crescimento e ter um modelo de governança mais adequado para o novo momento do mercado”, explicando os motivos da criação da joint venture com a Vigor.
Na abertura do evento, Alexandre Almeida, presidente da Itambé S.A., empresa formada pela Vigor e pela CCPR e que recebeu os ativos fabris e marcas da antiga Itambé, destacou o processo de profissionalização que vem ocorrendo no setor leiteiro. Também, reforçou que nada mudou na relação com os produtores e com as cooperativas singulares. “Para nós, a Itambé só será forte se a sua base, que é representada pelos seus produtores e pelas suas cooperativas singulares, também for forte. Não queremos uma Itambé segregada da CCPR; queremos um único sistema Itambé/CCPR”, enfatizou.
Almeida também comentou sobre a situação atual da Itambé. Segundo ele, a Itambé progrediu bastante, vindo de uma base já muito forte. “Em 2014, a Itambé atingiu R$ 2,8 bilhões de faturamento, um crescimento de quase 40% acima de 2012. Processamos cerca de 1,1 bilhão de litros, nos tornando o terceiro maior laticínio do país em captação de leite. Mais importante, esse crescimento foi fundamentalmente obtido via leite captado diretamente de produtores de leite e não através de leite spot. Esse é um grande diferencial da Itambé,” explicou, mencionando ainda que os números continuam robustos em 2015.
Jacques Gontijo Álvares, presidente da CCPR (crédito da foto: Gilson de Souza)
O ritmo de inovações também foi ampliado. Segundo ele, a empresa passou de 8 novos lançamentos em 2013 para 35 em 2014. Para 2015, estão previstos mais de 50 novos produtos no mercado, tendo destaque a linha de produtos sem lactose, que devem colocar a empresa como líder do segmento no país, acredita Almeida.
A empresa também investiu na modernização de fábricas, o que permitiu por exemplo processar mais de 1,6 milhão de litros/dia na fábrica de Uberlândia/MG. “Em 2014 e 2015, investiremos quase R$ 150 milhões na modernização e ampliação de nossas fábricas, incluído uma grande expansão na fábrica de Pará de Minas”, anunciou.
Mesmo com esses investimentos, Almeida informou que a empresa conseguiu reduzir sua dívida para menos de uma vez o resultado operacional anual, tornando a Itambé uma das empresas mais líquidas do setor lácteo nacional, o que dá uma segurança muito grande para a empresa e para produtores e cooperativas singulares.
O presidente da Itambé acredita, porém, que a empresa ainda tem muitas oportunidades de crescimento no futuro. A empresa está reforçando a atuação comercial e o marketing para expandir seu mercado. Em 2015, pretende trabalhar mais fortemente o mercado de refrigerados em São Paulo e no Nordeste.
Maiores e melhores da Itambé em 2014 (crédito da foto: Gilson de Souza)
Equipe MilkPoint
