Itambé investe em valor agregado

A mineira Itambé Alimentos S/A está concluindo o investimento de R$ 50 milhões na linha de produtos de maior valor agregado, como os leites especiais e iogurtes. O aporte foi considerado fundamental para que a empresa mantivesse o crescimento de mercado e de faturamento, em um ano marcado pelas oscilações de preços, custos elevados e queda no consumo.

Publicado por: MilkPoint

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itambé A mineira Itambé Alimentos S/A está concluindo o investimento de R$ 50 milhões na linha de produtos de maior valor agregado, como os leites especiais e iogurtes. O aporte foi considerado fundamental para que a empresa mantivesse o crescimento de mercado e de faturamento, em um ano marcado pelas oscilações de preços, custos elevados e queda no consumo.

De acordo com o presidente da Itambé, Alexandre Almeida, que não informou os números da empresa, a estratégia de investir na linha de produtos de maior valor agregado foi positiva e será mantida em 2017. Uma das vantagens do segmento é a menor oscilação de preços quando comparado com o leite UHT e em pó, por exemplo. “Com o investimento, ampliamos a produção de iogurtes e de leites especiais, como os produtos sem lactose e reforçamos nossa atuação no mercado. É importante destacar o crescimento de 10% no volume de iogurtes e leites especiais comercializados pela Itambé.

Pelos resultados apurados até o momento, vamos encerrar o ano com crescimento nominal no faturamento, estimulado também pelo aumento dos preços”, explicou. O aporte também incluiu o desenvolvimento da linha Itambé PRO de leite UHT, com alto teor de proteína e zero lactose. O produto é o único do segmento desenvolvido e fabricado no Brasil. “A proteína tem se valorizado como fonte nutricional. A maior parte dos lançamentos no mercado mundial, na área de alimentos, se concentra em itens ricos em proteína. É uma tendência mundial e fomos precursores de trazer este produto ao Brasil”.

Para o presidente da Itambé, 2016 foi marcado pelas oscilações de preços, principalmente dos leites em pó e UHT. A variação significativa aconteceu em função de uma produção ainda menor, já que em 2015 a captação de leite no País recuou 2%. “Neste ano, a queda na captação foi ainda maior que a de 2015. Registramos um recuo de 6,5% nas principais bacias leiteiras. Como o leite é um alimento básico, esta oferta menor pressionou muito o custo do leite para o laticínio. No período, os produtores enfrentaram custos altos puxados pela valorização do milho, da soja e do dólar. Tudo isso, aliado à situação econômica desfavorável, fez com que o consumidor diminuísse a demanda em função dos preços elevados”.

O momento atual é marcado pela regularização da oferta de leite, já que a retomada das chuvas recompõem as pastagens e estimula a maior produção do rebanho. Almeida explica que da mesma forma que os preços subiram muito em meados do ano, na hora que a oferta começou a se regularizar os preços começaram a cair rapidamente, já que a demanda ainda está menor por parte dos consumidores.

Preços - “A volatilidade de preços é ruim para todos - consumidor, indústria e produtores - porque ninguém consegue planejar e nem acompanhar o mercado. Por outro lado, crescemos bastante nos produtos de maior valor agregado, que tem mais estabilidade de preços, onde estão os leites especiais, iogurtes, requeijão. Fizemos investimentos para reforçar nossa atuação e isso contrabalançou a volatilidade no mercado dos produtos mais básicos”.

Para o próximo ano, as expectativas são de um mercado mais estável e de início da recuperação econômica do País. Ainda não foi definido se novos investimentos serão feitos, mas a estratégia de ampliar a atuação no segmento de produtos de maior valor será mantida. “Compete a cada empresa buscar uma forma de crescer e a Itambé cresceu cerca de 10% em iogurtes, mercado que no País retraiu. Nosso objetivo é buscar sempre formas de crescimento mesmo se o mercado estiver estável”, disse.

Em relação à retomada das exportações de lácteos, os preços praticados no mercado internacional não estão atrativos. Por isso, toda a produção é destinada ao mercado interno.

Com capacidade de processar 3,5 milhões de litros de leite ao dia, a Itambé tem um portfólio composto por cerca de 190 produtos entre leites, iogurtes, requeijões e doce de leite. Terceira maior empresa de laticínios do País, atrás da Nestlé e da francesa Lactalis, a Itambé conta com mais de 7 mil fornecedores e 3,3 mil funcionários diretos. A companhia possui cinco unidades industriais, sendo quatro em Minas Gerais (Pará de Minas, Sete Lagoas, Guanhães e Uberlândia) e uma em Goiânia, Goiás.

As informações são do Diário do Comércio.
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