Estilo. Mineiro, Alexandre Almeida já trabalhou na Líder Táxi Aéreo, na JBS e voltou à capital para assumir a presidência da Itambé. Foto: Jaques Diogo/O Tempo.
Mas, além da busca de novos mercados por meio do crescimento forte em linhas de produtos, a Itambé manteve um plano plurianual de investimentos. “No ano passado foram R$ 70 milhões e para este ano seriam R$ 75 milhões o que foi revisado para um montante de R$ 60 milhões”, diz.
Com fábricas em Uberlândia, Pará de Minas, Sete Lagoas e Guanhães, em Minas Gerais, e uma em Goiânia, em Goiás, o maior volume de dinheiro foi para a planta de Pará de Minas, na região Central do Estado, onde houve investimento de R$ 25 milhões na linha de iogurtes saindo de 5.000 toneladas para 9.000 toneladas. E mais R$ 30 milhões na modernização da linha de leites UHT (de caixinha). “Hoje temos todo o maquinário atualizado com empacotamento automático e robôs no final de linha”, explica Almeida. Pará de Minas também ganhou uma nova fábrica para produção de frascos para armazenar o iogurte líquido num modelo mais econômico e mais moderno.
Além disso, houve melhorias operacionais nas plantas de Uberlândia e Guanhães, Sete Lagoas e Goiânia. “Preparamos toda essa infraestrutura para o crescimento e, felizmente, nós crescemos nos mercados de leites especiais, leite UHT e refrigerados”, comemora.
Contratações e vendas. Com um quadro atual de 3.200 funcionários, Almeida informa que a companhia está com cerca de 90 funcionários a mais do que no ano passado. As contratações foram para reforçar os times comercial e de atuação em supermercados.
Assim, a estratégia da Itambé é ocupar as oportunidades que o mercado traz com crise ou sem crise. “O nosso crescimento neste ano reflete essa ocupação de espaço num mercado que não necessariamente está crescendo. Então, estamos muito confiantes – principalmente com a recuperação do (preço) do leite em pó – que a gente pode ter um ano de muito trabalho em 2016”, conclui Almeida.
Sociedade
A Vigor, do grupo de investimentos J&F, adquiriu 50% das ações da Itambé, administrada pela Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR) por R$ 410 milhões em 2013.
A Itambé tem na CCPR – uma das suas sócias – a responsabilidade pelo processo de captação de leite de 6.500 produtores filiados. “Mais de 95% do nosso leite é captado pelos nossos caminhões diretamente na fazenda. O restante vem de cooperativas parceiras há mais de dez anos e de que acompanhamos a qualidade. Então, isso nos dá um respaldo muito grande da qualidade”, diz o presidente da Itambé Alimentos, Alexandre Almeida.
Atualmente, são 3,3 milhões de litros de leite por dia processados pela Itambé. E a projeção é a de processar até o fim do ano 3,6 milhões a 3,7 milhões de litros por dia, dado o aumento natural do volume em época de safra. “E nós temos demanda para isso”, diz.
Mesmo com o momento adverso no Brasil, a Itambé bateu o recorde dela em julho, agosto e setembro, em pontos de vendas atendidos. “Pela primeira vez superamos em 20 mil os pontos e fizemos mais de 21 mil pontos de vendas. É preciso chegar a mais lugares, já que o consumo em cada local está menor”, admite o executivo.
Perspectivas
O que a entrada da Vigor mudou no escopo da Itambé?
- Para Alexandre Almeida, é tentar aliar o melhor das duas experiências. “Ou seja, mantendo o vínculo forte com o produtor. O nosso negócio são lácteos”.
- Mas Almeida admite que a empresa precisava ter uma visão muito mais voltada para o consumidor do que necessariamente para o produtor.
As informações são do O Tempo.