A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Tecnologia dos Alimentos (Ital), estudou uma técnica combinada de conservação que acopla pasteurização com microfiltração e aumenta a validade do leite para até 50 dias, 10 vezes mais que o pasteurizado convencional. Esta pesquisa contou com o apoio da Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O produto obtido neste estudo continha ainda baixos teores de lactose. O Ital utilizou três tecnologias para obter o leite microfiltrado, pasteurizado e lactose hidrolisado.
O processo é realizado com uma máquina que faz a microfiltração do leite e, de acordo com a pesquisadora da Secretaria, que atua no Centro de Tecnologia de Laticínios (Tecnolat), do Ital, Patrícia Blumer Zacarchenco, atualmente, nenhuma empresa brasileira de laticínio utiliza o sistema para obter o produto com validade estendida. Ele é capaz de processar 150 litros de leite por hora. A máquina usada no estudo pertence ao Ital e é produzida na França. Foi adquirida com verba da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
A pasteurização é um processo em que o leite é aquecido a 62ºC por 30 minutos ou a 72ºC por 15 segundos para inativar bactérias que podem ser perigosas para a saúde. Por sua vez, na microfiltração o leite é filtrado com a ajuda de membranas com poros pequenos que retém bactérias. Já a hidrólise da lactose consiste na utilização de enzimas para quebrar o açúcar do leite. A pesquisadora explicou que a microfiltração ajuda a manter o sabor mais próximo ao do leite sem processamento e pode ser usada para aumentar a vida de prateleira de outros produtos lácteos, como queijos e iogurtes.
Para Patrícia, além da estabilidade do produto, a técnica acompanha a necessidade dos consumidores que preferem leite desnatado e sem lactose, o açúcar do leite. O processo que produz leite com maior vida de prateleira, na visão da pesquisadora, é inovador e bastante promissor para o Brasil.
O Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, afirmou que esta pesquisa é importante para garantir a qualidade dos alimentos que abastecem a mesa do brasileiro. “A pasteurização é um processo importante na produção do leite industrializado, pois elimina todos os microrganismos que são nocivos à saúde do consumidor. Essa pesquisa contribui para criar um alimento com mais sabor, preservando suas características nutritivas por mais tempo. A busca pela saudabilidade dos alimentos é uma determinação do governador Geraldo Alckmin”, disse.
As informações são do Instituto de Tecnologia dos Alimentos (Ital).
Ital desenvolve leite pasteurizado com prazo de validade 10 vezes maior
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Tecnologia dos Alimentos (Ital), estudou uma técnica combinada de conservação que acopla pasteurização com microfiltração e aumenta a validade do leite para até 50 dias, 10 vezes mais que o pasteurizado convencional. Esta pesquisa contou com o apoio da Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O produto obtido neste estudo continha ainda baixos teores de lactose. O Ital utilizou três tecnologias para obter o leite microfiltrado, pasteurizado e lactose hidrolisado.
Publicado por: MilkPoint
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RODRIGO FIGUEIREDO BERTELLI
ROLIM DE MOURA - RONDÔNIA - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 09/04/2016
O problema é o Ministério da Agricultura (SIF) permitir esse sistema de pasteurização. Nem o sistema por luz UV, usado na França, e no Brasil em indústrias de sucos, é permitido para o leite no Brasil.