Do valor acertado, R$ 1,1 bilhão refere-se à fatia da companhia de alimentos, que possuía cerca de 20% da Vigor. Após descontos, a transação injetará R$ 786 milhões na JBS. Os R$ 3,9 bilhões restantes são referentes às ações da Vigor detidas pela holding J&F. Segundo fontes, a operação é decisiva para equacionar as finanças do grupo, que foi abatido por forte crise e cujos donos, Joesley e Wesley Batista, estão presos.
Os Batistas já haviam levantado R$ 4,5 bilhões com as vendas da empresa de calçados Alpargatas e de parte da companhia de celulose Eldorado. O valor desembolsado pela Lala ainda está sujeito a ajustes, informou a mexicana.
Os R$ 5,025 bilhões anunciados consideram a compra pela Lala de metade da Itambé. Os mexicanos aguardam, porém, definição da Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR), que tem hoje 50% da Itambé e direito de preferência na aquisição das ações restantes. Se essa compra se confirmar, o "valor implícito" do negócio da Lala com a Vigor cairá para R$ 4,325 bilhões.
A CCPR manifestou interesse em ficar com 100% da companhia, mas tenta levantar os recursos para fazer a compra. Se a cooperativa fizer oferta para ficar com toda a Itambé, o valor desembolsado pela Lala cairá para R$ 4,325 bilhões, segundo os mexicanos.
Na esteira do negócio entre Lala e J&F, a JBS também informou que concluiu a alienação de sua participação acionária de 19,43% na Vigor para a empresa mexicana, por R$ 1,1 bilhão ("enterprise value"), dos quais receberá R$ 786 milhões ("equity value"). A JBS pretende utilizar parte dos recursos obtidos com a operação para amortizar, extraordinariamente, a dívida sujeita ao Acordo de Estabilização [firmado com bancos no Brasil], afirma comunicado assinado por Jerry O´Callaghan, diretor de relações com investidores e presidente do conselho de administração da companhia brasileira.
As informações são do G1, do jornal O Estado de São Paulo e do jornal Valor Econômico.