Indústrias de lácteos dos EUA reagem à saída do país da TPP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto retirando os Estados Unidos da Parceria Transpacífico (TPP), uma decisão que poderá ter implicações negativas para a indústria de lácteos do país, disseram a Federação Nacional de Produtores de Leite (NMPF) e o Conselho de Exportações de Lácteos (USDEC).

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto retirando os Estados Unidos da Parceria Transpacífico (TPP), uma decisão que poderá ter implicações negativas para a indústria de lácteos do país, disseram a Federação Nacional de Produtores de Leite (NMPF) e o Conselho de Exportações de Lácteos (USDEC).

"O setor de lácteos dos EUA exporta 15% de sua produção de leite, ou “um dia de produção de leite por cada semana”. Em 2015, essas exportações tiveram um valor de mais de US $ 5 bilhões e ajudaram a gerar mais de 120 mil empregos na produção de leite, no processamento e nos setores relacionados”, disse Matt McKnight, chefe interino do USDEC.

A TPP foi um acordo comercial firmado durante a administração Obama e envolveu uma dúzia de países que fazem fronteira com o Oceano Pacífico, incluindo importantes produtores de leite, como México, Canadá e Nova Zelândia. O acordo criaria essencialmente uma economia de mercado única para o comércio de produtos processados e agrícolas, incluindo produtos lácteos, mas ainda não tinha entrado em vigor porque não tinha sido ratificado por todos os 12 países.

Trump chamou a TPP de " potencial desastre" para a economia dos EUA, já que ele e vários grupos trabalhistas disseram que o acordo tiraria empregos de países desenvolvidos como os EUA, porque grandes companhias estariam mais inclinadas a instalar fábricas em países menos desenvolvidos, com menores salários aos funcionários. No entanto, a TPP requereria que os países menos desenvolvidos participantes respeitassem as leis trabalhistas internacionais, incluindo a implementação de um salário mínimo e condições de trabalho seguras.

Pela TPP, os produtores rurais dos EUA teriam se beneficiado de um aumento nas exportações de produtos lácteos, bem como da redução dos impostos sobre as exportações incluída na parceria comercial. De acordo com a NMPF e o USDEC, o México representa o mercado número um para as exportações de lácteos dos EUA, totalizando US $ 1,2 bilhão em 2016.

Os grupos lácteos dos EUA, incluindo a NMPF e o USDEC, pediram ao governo Trump que não recuasse da TPP, pois esta protegeria as relações comerciais agrícolas entre os EUA e o México, além de aumentar a influência dos produtos lácteos nos mercados em crescimento, como a Ásia. "Embora reconheçamos que a TPP como está agora não tem futuro, pedimos à Administração Trump que busque oportunidades futuras para aumentar as nossas exportações de lácteos na Ásia e em todo o mundo. Nossos concorrentes têm negociado com sucesso acordos comerciais nos últimos anos. Isso coloca o setor agrícola dos EUA em uma desvantagem competitiva se não buscarmos nossas próprias iniciativas", disse o presidente e CEO da NMPF, Jim Mulhern.

A Parceria Transpacífico "estava longe de ser perfeita, mas era benéfica para o setor de lácteos dos EUA, porque, além do novo acesso ao mercado, também fez progressos significativos em focar em outras barreiras, incluindo padrões sanitários/fitossanitários, bem como no abuso de indicações geográficas para bloquear a concorrência em categorias comuns de alimentos ", disse McKnight.

As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint.
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