Indústria de lácteos dos EUA ganha pouco com TPP

De acordo com as informações iniciais, parece que o setor de lácteos dos Estados Unidos não fez grandes progressos para conseguir aumentar as vendas de produtos lácteos na Parceria Trans-Pacífico (TPP), cujas negociações foram concluídas nessa semana em Atlanta. Para os Estados Unidos, a melhora no comércio de lácteos com Brunei, Malásia, Vietnã e Japão pode ser o único ganho se todas as 12 nações eventualmente ratificarem a TPP.

Publicado por: MilkPoint

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De acordo com as informações iniciais, parece que o setor de lácteos dos Estados Unidos não fez grandes progressos para conseguir aumentar as vendas de produtos lácteos na Parceria Trans-Pacífico (TPP), cujas negociações foram concluídas nessa semana em Atlanta. Para os Estados Unidos, a melhora no comércio de lácteos com Brunei, Malásia, Vietnã e Japão pode ser o único ganho se todas as 12 nações eventualmente ratificarem a TPP.

Os produtores de leite canadenses podem respirar aliviados, já que o sistema de cota deles permaneceu praticamente intacto. Há um capítulo na TPP que somente abre uma pequena fração do mercado canadense ao leite e queijos estrangeiros. Dentre as 12 nações envolvidas nas negociações, os Estados Unidos já tinham oportunidades de exportações de lácteos sem tarifas com um terço dos parceiros comerciais: México (NAFTA), Chile, Cingapura e Austrália – os três por acordos comerciais pré-existentes.

De acordo com o site do Serviço de Agricultura Externa (FAS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a TPP, se aprovada por todos os 12 países, resultaria em exportações livre de tarifas para vários países mas alguns deles não pagariam realisticamente dividendos. O topo da lista seria da Nova Zelândia, maior exportador mundial de lácteos. O acordo eliminaria todas as tarifas sob a TPP ratificada. Outro país que caiu nesse campo é Brunei, que também eliminará as tarifas de lácteos se o acordo for assinado. Depois disso, aqui está o que a TPP poderia significar para a metade restante dos países envolvidos:

Peru – as tarifas de produtos lácteos dos Estados Unidos seriam eliminadas até 2025 sob um acordo comercial existente.

Malásia – as tarifas, de 5%, seriam eliminadas para quase todos os produtos lácteos. As tarifas sobre o leite fluido seriam eliminadas em 15 anos pela cota.

Vietnã – as tarifas, atualmente em 30%, seriam eliminadas dentro de cinco anos. (O Vietnã está atualmente entre os 12 maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos).

Então, houve empurrões entre Japão, Canadá e Estados Unidos. Isso porque Canadá e Japão têm setores de lácteos protegidos, ambos com sistemas de cota. De acordo com o FAS, o Japão removerá gradativamente as tarifas sobre queijos e soro de leite dentro de 16 e 21 anos, respectivamente. As cotas ainda existirão para soro de leite, manteiga, leite em pó, leite evaporado e leite condensado.

Para o Canadá, será aceito que 3,25% da produção anual de lácteos do país seja livre de tarifas e o governo compensará o setor com US$ 3,3 bilhões durante 15 anos. De acordo com a FAS, as tarifas serão eliminadas para soro de leite e haverá maior acesso a cotas livre de tarifas para queijos, leite fluido, manteiga, leites em pó e outros produtos lácteos. Incluído nesse mix, pode ser que o Canadá permita importações de leite fluido. Entretanto, pelo menos 85% desse produto cru precisa ser processado no Canadá. Isso significaria que os Estados Unidos provavelmente será o único país que poderá enviar leite fluido ao Canadá.

Para os Estados Unidos, tarifas para Malásia, Vietnã e Japão serão eliminadas dentro de 20 anos. Para a Austrália, as tarifas seriam eliminadas para leite em pó e leite em pó desnatado da Austrália e da Nova Zelândia dentro de 20 a 30 anos. Haveria acesso à cota com tarifa para outros produtos lácteos para Austrália, Nova Zelândia e Canadá, de acordo com o FAS.

“A TPP fortalece as leis comerciais e fornece um novo acesso as mercados para as exportações agrícolas dos Estados Unidos ao Japão, Malásia, Vietnã, Nova Zelândia e Brunei”, disseram oficiais do FAS, sem notar que não há chance de os produtos americanos serem exportados à Nova Zelândia. “O ponto do comércio é que nem todas as responsabilidades de cada país são as mesmas”, disse o negociador chefe de agricultura do U.S. Trade Representative, Darci Vetter. “Nem todos estão focados nos mesmos produtos. Temos alguns vencedores aqui”.

Clique aqui (http://www.fas.usda.gov/sites/default/files/2015-10/tpp-dairy.pdf) para ver o infográfico (em inglês) do FAS sobre os impactos para os Estados Unidos da TPP no mercado de lácteos.

As informações são da Hoards.com.
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