Índice de preços da FAO sobe por causa dos lácteos

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) disse que os preços dos lácteos, conforme medido por seu índice de preços, aumentou em 11% no mês passado, sendo "um dos maiores registrados" - de fato, o maior aumento mensal desde o final de 2009 -, direcionando os preços dos alimentos, em geral, para seu maior valor em seis meses.

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A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) disse que os preços dos lácteos, conforme medido por seu índice de preços, aumentou em 11% no mês passado, sendo “um dos maiores registrados” – de fato, o maior aumento mensal desde o final de 2009 -, direcionando os preços dos alimentos, em geral, para seu maior valor em seis meses.

O Índice de Preços dos Lácteos da FAO aumentou de 22 pontos em março, para 225, continuando a tendência de alta iniciada em agosto do ano passado. Essa mudança no índice é uma das maiores já registrada. Anteriormente, o Índice tinha registrado seu maior valor em novembro de 2007, quando ficou em 269 pontos, 19% acima de seu nível atual. Na raiz do aumento de preços está o clima seco e prolongado da Oceania, que levou a produção de leite a cair e a uma concomitante redução no processamento de lácteos. Como resultado, os preços spot para os produtos lácteos da Nova Zelândia – nos quais esse índice é baseado – aumentaram, à medida que os compradores buscaram suprir suas demandas. O “Efeito Oceania” também levou a aumentos nos preços de exportação em outros locais, mas não na mesma extensão.

Os compradores que estavam acostumados com uma oferta de várias commodities lácteas, do leite em pó integral à gordura do leite, estão “buscando produtos específicos da Nova Zelândia, em um momento em que a produção declinou inesperadamente e os estoques limitados já estão comprometidos”, disse a FAO.

O Índice de Preços de Alimentos da FAO ficou em média em 212 pontos em março de 2012, 1% a mais (1,7 pontos) do que em fevereiro, mas 1,7% a menos que em março do ano passado e quase 11% inferior ao seu pico em fevereiro de 2011.

Os comentários da FAO foram ecoados pelo Rabobank, que disse que os contratempos da Nova Zelândia estavam “efetivamente pressionando o mercado, particularmente para leite em pó integral, mas também, mais recentemente, para leite em pó desnatado e manteiga”. Os consumidores de lácteos estão “achando que a garantia de oferta nos próximos meses é um desafio”, disse o banco.

A extensão dos contratempos que a Nova Zelândia está enfrentando foram destacadas separadamente pela Fonterra, que disse que o declínio em sua produção de leite acelerou para 16,3% no mês passado, com relação a 2,3% em fevereiro.

Embora a Nova Zelândia tenha tido algumas chuvas nos últimos dias, foi “muito pouco, muito tarde ou ambos” para recuperar o fluxo de produção leiteira antes de o inverno reduzir a produção sazonalmente, disse o Rabobank. “Será bem vindo renovar as pastagens ou ter uma ajuda na recuperação das mesmas antes da próxima primavera”.

Entretanto, no hemisfério norte, “o longo inverno e o lento começo da primavera” estão exacerbando a escassez na oferta de lácteos, alertou o banco.

A FAO disse: “O aumento de primavera na produção de leite na Europa foi retardado devido ao clima desfavorável que limitou o crescimento das pastagens”.

Nos EUA, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), na quarta-feira, baixou em 45,35 milhões de quilos, para 91,53 bilhões de quilos, sua previsão para produção doméstica de leite em 2013, citando uma menor produção por vaca até agora nesse ano.

A reportagem é do Agrimoney, com dados da FAO, traduzida e adaptada pela equipe MilkPoint.
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