Índia busca colocação entre principais exportadores mundiais de lácteos

A Índia está buscando uma colocação como exportadora de lácteos, conforme anúncio feito por um importante grupo do país de que iniciaria vendas através da plataforma GlobalDairyTrade. Isso marca a entrada da Índia, que antes era um importador de lácteos, no ranking dos exportadores, um reflexo das melhoras na produção, graças ao melhoramento genético e ao aumento da escala dos produtores e processadores de leite.

Publicado por: MilkPoint

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A Índia está buscando uma colocação como exportador de lácteos com o anúncio feito por um importante grupo do país de que iniciaria vendas através da plataforma GlobalDairyTrade, onde os preços alcançam níveis recordes.

A Gujarat Cooperative Milk Marketing Federation, companhia por trás da marca Amul, venderá através do leilão da GlobalDairyTrade a partir de 4 de junho. A decisão coloca a cooperativa na lista que inclui a europeia Arla, a americana Dairy America e a australiana Murray Goulburn, além da neozelandesa Fonterra, que é dona da GlobalDairyTrade.

Isso marca a entrada da Índia, que antes era um importador de lácteos, no ranking dos exportadores, um reflexo das melhoras na produção, graças ao melhoramento genético e ao aumento da escala dos produtores e processadores de leite.

A Índia vem crescendo muito em busca de se tornar a maior produtora de leite do mundo – com produção prevista em 2013, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de 57,8 milhões de toneladas, registrou um aumento de 30% nos últimos cinco anos. O forte crescimento no consumo doméstico foi o grande responsável por este aumento.

De fato, as previsões de crescimento para o mercado atraíram a atenção de companhias como a Fonterra e a francesa Danone que, no ano passado, pagaram US$ 355 milhões pela Wockhardt Nutrition, maior grupo de alimentos para bebês da Índia.

Entretanto, o aumento no excedente tem impulsionado uma longa campanha por companhias de lácteos, como a Gujarat Cooperative Milk Marketing Federation, pelo acesso ao mercado internacional também, que tornou-se especialmente lucrativo pela recuperação nos preços.

Os valores na GlobalDairyTrade dobraram no ano passado, atingindo seus maiores valores registrados, impulsionados pela forte demanda da China e pelo fraco crescimento na produção mundial, limitada pelos altos preços dos alimentos animais e pelo clima ruim em importantes exportadores, como Europa, Nova Zelândia e Estados Unidos.

O Governo da Índia, em novembro, retirou a barreira às exportações de produtos lácteos, incluindo o leite em pó integral, que a Gujarat venderá através da GlobalDairyTrade, e o leite em pó desnatado.

No entanto, permanecem algumas dúvidas sobre o compromisso da Índia com as exportações, com o escritório do USDA em Nova Deli em novembro alertando sobre a estratégia instável do país (com muitos vaivens) com relação às barreiras comerciais. “Considerando que a Índia exporta pouco leite em pó integral e que os importadores estão hesitantes em comprar da Índia, a mudança da política de exportação [de novembro] aparentemente terá pouca consequência”, disse o USDA. A política de exportação da Índia “muda frequentemente para se adaptar às condições de mercado e aos cenários políticos locais”.

Entretanto, os apoiadores das perspectivas de comércio de leite da Índia apontam para o crescente excedente do país, que deverá aumentar com o plano nacional de lácteos do país que prevê dobrar a produção em 15 anos e aumentar para 65%, de 30%, a proporção de excedente de leite manejado pelos grandes grupos de lácteos.

A reportagem é do Agrimoney, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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