No comparativo mensal com o mesmo período de 2013, a aquisição manteve-se relativamente crescente em todos os meses do 2º trimestre de 2014, tendo registrado em maio a maior variação. Em janeiro houve a maior aquisição absoluta de leite do 1º semestre de 2014.
Regionalmente verificou-se que o Sudeste foi responsável por 41,0% da aquisição nacional de leite, o Sul por 33,8% e o Centro-Oeste por 14,4% no 2º trimestre de 2014. O Nordeste do país contribuiu com 5,7% da aquisição e o Norte com 5,1%. Tomando por base o 2º trimestre de 2013 observou-se certo ganho relativo de participação das regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, enquanto que o Sul e o Norte apresentaram redução.
No comparativo com o 2º trimestre de 2013, a aquisição de leite feita pelos estabelecimentos investigados pela pesquisa teve aumento relativo no 2º trimestre de 2014: 20,9% no Nordeste; 11,4% no Centro-Oeste; 8,6% no Sudeste e 7,1% no Sul. Apenas a Região Norte registrou queda na captação do produto, o que ocorreu sobretudo em Rondônia (-6,1%). As justificativas estariam nos preços baixos do produto, no início da colheita da safra de café na região de Cacoal o que teria deslocado mão-de-obra da atividade pecuária e na paralisação de estabelecimentos.
Quando o comparativo é feito entre o 2º trimestre de 2014 e o trimestre imediatamente anterior observam-se quedas na aquisição de leite em todas as regiões, exceto na Nordeste que teve aumento de 6,0%. Nela somente a Bahia registrou leve queda na aquisição devido a problemas climáticos (falta de chuvas) que acometeram determinadas regiões do estado; à redução no número de fornecedores do produto e ainda a paralisações de estabelecimentos.
Minas Gerais e São Paulo alavancaram a queda ocorrida no Sudeste, sendo registrado relatos de queda de produtividade dado à entrada do período de seca (entressafra do leite), o que teria impactado a aquisição regional do produto. No Sul do país as quedas foram maiores no Rio Grande do Sul e no Paraná, onde o frio e as fortes chuvas afetaram as pastagens e a retirada do produto do campo em determinadas áreas. No Centro-Oeste todos os estados apresentaram queda em suas aquisições, sendo mais sensível àquela registrada no estado de Goiás, justificada pelo período de estiagens na região e que ocasionou a maior concorrência pelo produto.
Minas Gerais é o estado que mais adquire leite, cerca de 27,4% do total nacional no 2º trimestre de 2014. Na seqüência destacam-se o Rio Grande do Sul com 13,5%, o Paraná com 11,6%, Goiás com 10,9% e São Paulo com 10,2% de participação. Confira o gráfico abaixo.
Gráfico 1. Aquisição de leite – Unidades de Federação - 2º trimestre de 2014
No cenário externo as vendas brasileiras de leite in natura registraram aumento em termos de volume no comparativo com o 2º trimestre de 2013. Quando o comparativo é estabelecido com o trimestre imediatamente anterior houve queda nesta variável. Os principais destinos da produção brasileira de leite in natura foram Bolívia, África do Sul, Siri Lanka e Estados Unidos, pela ordem.
No comércio externo de leite em pó houve aumentos no período em análise, comparativamente, tanto ao mesmo período de 2013, quanto com relação ao trimestre imediatamente anterior. Os principais destinos da produção brasileira de leite em pó foram Venezuela, Cuba, Argélia, Egito, Costa do Marfim e Cuba.
A matéria é do MilkPoint com informações do IBGE.