Segundo o Instituto, a aquisição de leite cru foi de 6,1 bilhões de litros, queda de 6,2% com relação ao 4º trimestre de 2014 e de 1,0% com relação ao 1º trimestre de 2014. A aquisição de unidades de couro cru inteiro de bovino foi de 8,1 milhões, com quedas de 7,7% sobre o trimestre anterior e 11,9% sobre o 1º trimestre de 2014.
Regionalmente, na comparação entre os primeiros trimestres de 2015/2014, a redução de 60,9 milhões de litros de leite teve como destaque as quedas em: Goiás (-44,5 milhões de litros), Minas Gerais (-23 milhões de litros), São Paulo (-19,1 milhões de litros) e Pará (-18,1 milhões de litros). Parte dessas quedas foi compensada por aumentos em outras unidades da federação, com destaque aos incrementos ocorridos em Santa Catarina (+50,1 milhões de litros), Paraná (+22,3 milhões de litros) e Mato Grosso do Sul (+11,1 milhões de litros). No ranking nacional da aquisição de leite, Minas Gerais segue na liderança, seguida por Rio Grande do Sul e Paraná.
O gráfico abaixo traz a variação na captação dos principais estados com relação ao primeiro trimestre de 2014, mostrando a queda na captação de Goiás (-6,5%), Minas Gerais (-1,4%) e Rio Grande do Sul (-0,4%). Já no Paraná e em Santa Catarina, houve aumento na captação de, respectivamente, 3,1% e 9,7%.
Gráfico 1 - Variação da captação nos principais estados produtores: 1T2015 x 1T2014
Fonte: IBGE; Elaboração: MilkPoint Inteligência
Apesar da redução na captação interna, o crescimento das importações fez com que houvesse aumento da disponibilidade de leite per capita de 0,4% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
Gráfico 2 - Variação da disponibilidade per capita em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Fonte: MilkPoint Inteligência; a partir de dados do IBGE e MDIC.
* A variação da disponibilidade per capita é obtida a partir da variação da captação formal de leite, subtraída pelo saldo da balança comercial de lácteos em equivalente-leite e dividida pela população do período.
Em termos estruturais, mais de 90% do leite captado no 1º trimestre de 2015 foi processado por laticínios que receberam mais de 1 milhão de litros de leite no trimestre, representados por menos de 1/3 das industrias lácteas que possuem registro em algum serviço de inspeção sanitária
Nesse sentido, dos 2.036 informantes que participaram da Pesquisa Trimestral do Leite, 828 possuíam o Serviço de Inspeção Federal (SIF), 940 o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 268 o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 92,5%; 6,8% e 0,6% do total de leite captado no 1º trimestre de 2015. O Amapá é a única Unidade da Federação que não possui laticínios registrados em algum tipo de serviço de inspeção sanitária, estando, portanto, fora do universo da pesquisa.
As informações são do IBGE, adaptadas pela Equipe MilkPoint