IBGE: até junho, captação de leite no Brasil caiu 1,8% x 2014

O IBGE divulgou nesta terça-feira os dados referentes à captação formal de leite no segundo trimestre de 2015. De abril a junho, foram captados 5,6 bilhões de litros de leite no país, uma queda de de 2,6% frente ao mesmo período de 2014.

No agregado do primeiro semestre, a captação formal de leite pelos laticínios foi de 11,8 bilhões de litros, volume 1,8% menor do que no primeiro semestre de 2014.

Gráfico 1 - Captação brasileira de leite.




Entre as regiões do país, houve crescimento apenas no Sul neste primeiro semestre: +2,4%, e, nas demais regiões, as quedas foram de -12,4% no Norte; -6,8% no Centro-Oeste; -2,2% no Sudeste e -0,8% no Nordeste, como pode ser visto no gráfico abaixo.

Gráfico 2 - Variação da captação formal de leite por região. 


Nos principais estados produtores, ocorreram movimentos distintos na captação de leite: enquanto Santa Catarina teve crescimento expressivo de +8,4%; o Rio Grande do Sul (+1,8%) e São Paulo (+1%) tiveram leve alta na oferta. Por outro lado, os volumes foram reduzidos no Paraná (-1,4%); em Minas Gerais (-3,1%) e em Goiás, que teve uma redução de -7,1% na comparação com o 1º semestre de 2014.

Gráfico 3 - Variação da captação formal de leite em estados selecionados.


Essa expressiva redução da oferta, fez com que, mesmo com o expressivo aumento das importações em 2015, a disponibilidade de leite per capita tenha diminuído 0,3% no segundo trimestre de 2015, em relação a 2014. (A disponibilidade de leite per capita é uma estimativa da quantidade de leite disponível por habitante, na qual são consideradas, além da captação de leite, as importações e exportações).

No agregado do ano até junho, a disponibilidade per capita está praticamente estável, com um crescimento de 0,07%, mas deve reduzir nesse ano: em julho, mês que ainda não teve os dados divulgados pelo IBGE, a produção da região Sul foi afetada devido às chuvas que ocorreram, o que deve contribuir para que os dados sobre oferta continuem em queda.

Gráfico 4 - Variação da disponibilidade per capita - Brasil;