A cooperativa Rouveen, a uma hora e meia de Amsterdã, no leste do país, por exemplo, produz nada menos que 340 tipos de queijos, com variações no tipo de leite, ingredientes, aditivos, formatos e empacotamento. "A margem é muito boa, de mais de 20%, é um ótimo negócio", afirma Egbert Koersen, presidente do conselho da cooperativa, que faturou € 150 milhões (R$ 600 milhões) em 2015. Para Koersen, a versatilidade tem sido uma maneira de driblar a crise no setor de lácteos. Assim, a cooperativa produz o que o cliente pede, por mais exótico que seja.
Ele conta que um cliente árabe apareceu no laticínio e encomendou um queijo inteiramente verde. O jeito foi inventar um à base de pesto, diz. Já os russos adoram comprar queijo com chocolate. E o queijo mais caro é o que contém gosto de trufas, ao preço de € 20 euros por quilo na fábrica. No varejo, o valor triplica.
Na região, fazendas também produzem leite tanto nos moldes kosher como halal, para judeus e muçulmanos, respectivamente. O cliente tem opção ainda de adquirir leite proveniente de produção orgânica - mais caro -, ou leite de cabra, por exemplo. Os ingredientes que podem ser adicionados aos queijos também são vários: mostarda, wasabi, pimenta, cebola, tomate, olivas, entre outros.
A produção na cooperativa é totalmente robotizada, e o leite é fornecido pelos 250 produtores associados à Rouveen. A produção de 21 milhões de quilos por ano é vendida sobretudo para supermercados e atacadistas que colocam suas próprias marcas.
Agora a Rouveen está produzindo também queijos com quinoa e coco depois de constatar que são populares nos Estados Unidos.
A Holanda produziu 800 milhões de quilos de queijos em 2014 e exportou para 150 países.
As informações são do Valor Econômico.