Hábitos na China e nos EUA preocupam Nestlé
As vendas da Nestlé no Brasil tiveram ''bom desempenho' no ano passado, alcançando 5,117 bilhões de francos suíços, ou R$ 15,5 bilhões pelo câmbio atual. E as perspectivas são consideradas "positivas" para este ano, apesar do agravamento do cenário macroeconômico. Os focos das preocupações na companhia no momento são a desaceleração das vendas na China e dos produtos congelados nos Estados Unidos.[...]
Publicado por: MilkPoint
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O CEO da Nestlé, Paul Bulcke, disse que nunca viu mudanças tão rápidas no comportamento de consumidor como na China. Além disso, os chineses compram cada vez mais pela internet.
Nos Estados Unidos, os produtos congelados têm sido atingidos pela desconfiança dos consumidores, que preferem cada vez mais alternativas consideradas mais saudáveis. Por isso, a Nestlé aumentará o portfólio de produtos ''mais frescos e bio'' para garantir sua fatia num mercado de muitos bilhões de dólares.
A principal executiva financeira da Nestlé, Wan Ling Martelo, sinalizou que o grupo continuará a aumentar os preços de seus produtos em países onde há forte inflação o que é o caso do Brasil.
Com a economia brasileira crescendo "menos do que estava acostumada", o grupo número um do setor de alimentos no mundo vai ampliar as campanhas de publicidade e marketing para alcançar seu objetivo de expansão contínua dos negócios no Brasil seu quarto maior mercado, só atrás dos Estados Unidos, China e França.
"Sabemos que o apoio a marcas é essencial no Brasil e vamos aumentá-lo bastante, como também há muita inovação chegando (no mercado)'', disse o presidente mundial do grupo, Paul Bulcke.
Nestlé relata que teve no ano passado no Brasil crescimento real, apesar do impacto negativo do câmbio e um ambiente de negócios fragilizado. Em francos suíços, o valor das vendas no ano ficou praticamente no mesmo montante de 2013.
Bulcke falou da ''enorme penetração'' dos produtos da companhia no Brasil. Todas as categorias tiveram aumento de vendas, com forte desempenho de Ninho (leite), KitKat (confeitaria), Nesfit (biscoito) e Nescau (achocolatado). Sobretudo, as vendas do café da marca Nescafé Dolce Gusto tiveram uma expansão de dois
dígitos.
Indagada sobre eventual congelamento de investimentos, no cenário de desaceleração econômica atual, a Nestlé retrucou que, na verdade, anunciou em dezembro a abertura em Montes Claros, em Minas Gerais, de sua primeira fábrica de Nescafé Dolce Gusto fora da Europa.
Globalmente, o grupo suíço anunciou lucro líquido de 14,5 bilhões de francos suíços no ano passado, comparado a 10,0 bilhões em 2013. A expansão de 45% se explica, em parte, pela venda da fatia de Nestlé na companhia francesa de cosméticos L'Oréal. A alienação resultou em ganho de 4,57 bilhões de francos suíços, que foi somado à parcela no resultado da francesa que cabe à Nestlé, conforme método de equivalência patrimonial. Uma
reavaliação da fatia na Galderma também propiciou ganho de 2,82 bilhões de francos suíços em 2014.
As vendas totais alcançaram 91,6 bilhões de francos suíços, em baixa de 0,6% em relação ao ano anterior. Bulcke observou que os resultados não foram "excelentes ou bons, mas foram sólidos'', num cenário de crescimento econômico mundial mais fraco e menor confiança dos consumidores na Europa e agora em certos mercados emergentes.
As vendas nos países desenvolvidos, que representaram 56% do total, aumentaram apenas 1,1% durante o ano passado. No caso dos emergentes, com fatia de 44% na receita global da companhia, as vendas cresceram 8,9%, abaixo dos 9,3% de 2013.
Para compensar a valorização do franco suíço, a Nestlé diz que vai aumentar a produtividade. O grupo mantém o objetivo de crescimento orgânico de 5% neste ano.
A matéria é do Jornal Valor Econômico.
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JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO
EM 24/02/2015
Isto pode parecer um sonho;mas quem sabe poderia ser atingido num futuro?
Sonhar nunca matou ninguem!