Grupo de lácteos minimiza riscos de desvalorização do rublo pela crise na Ucrânia

A gigante do setor de lácteos, Ekosem-Agrar, comentou sobre a ameaça da crise da Ucrânia para as operações agrícolas da antiga União Soviética, dizendo que um rublo fraco oferecia "mais impactos positivos que negativos". O grupo russo revelou que [...]

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A gigante do setor de lácteos, Ekosem-Agrar, comentou sobre a ameaça da crise da Ucrânia para as operações agrícolas da antiga União Soviética, dizendo que um rublo fraco oferecia “mais impactos positivos que negativos”.

O grupo russo – revelando que seu rebanho leiteiro aumentou em 25%, para 19.300 cabeças em 2013 e sua produção diária de leite aumentou em 38%, alcançando 370 toneladas – disse que não “tinha problemas com a desvalorização do rublo”.

O rublo nessa semana atingiu o menor valor já registrado com relação ao dólar assim como o Hryvnia da Ucrânia após a Rússia enviar tropas para a região de Crimeia. Isto causou um alvoroço internacional que levou os Estados Unidos na quinta-feira a impor proibições de vistos aos oficiais que foram considerados envolvidos.

Muitos observadores alertaram sobre a ameaça aos grupos rurais da antiga União Soviética pela inflação impulsionada pela desvalorização das moedas, tornando os materiais importados mais caros, além de alertar sobre a ameaça às exportações de quaisquer sanções. De fato, as ações nos grupos agrícolas relacionados à ex-União Soviética caíram bastante nessa semana.

Entretanto, o Ekosem-Agrar disse que “não considera que a desvalorização do rublo represente um risco ao seu negócio”. O diretor gerente do grupo, Wolfgang Bläsi, disse que “no balanço, um rublo fraco tem mais impactos positivos que negativos”.

A maioria dos custos como os gastos com pessoal, e a maioria das dívidas do grupo são em rublos, enquanto os preços domésticos estão em certo grau protegidos contra a desvalorização pelas enormes importações da Rússia, cujo preço estão ligados às moedas no mercado mundial. “Devido à alta dependência das importações, o preço de vendas em rublo é regularmente derivado do preço no mercado mundial, que é denominado em euros e dólares”.

De fato, o grupo, que vende para empresas como Danone e PepsiCo na Rússia, disse que, graças à desvalorização do rublo, foi possível recentemente um acordo com um de seus principais clientes um aumento de 15% nos preços do leite, em termos de rublos, o equivalente a 47 centavos de Euro (64,70 centavos de dólar) por litro.

Isso é mais do que o recebido pela maioria dos produtores da União Europeia (UE), que em dezembro estavam recebendo em média 34,75 centavos de Euro (47,84 centavos de dólar) por litro, de acordo com dados da Comissão Europeia.

Os “únicos” efeitos negativos para o grupo no que diz respeito a desvalorização do rublo são sobre seus passivos denominados em euros, disse a Ekosem-Agrar, que é propriedade do grupo alemão, Ekoniva Group.

O Ekosem-Agrar disse também que “o ambiente geral para os produtores de leite da Rússia continua positivo”, com a demanda excedendo as ofertas domésticas em cerca de 8 milhões de toneladas. “Isso é o equivalente à produção de aproximadamente 1 milhão de vacas leiteiras e um investimento de 8 bilhões de euros (US$ 11 bilhões)”.

“À medida que o número de pequenos produtores e produtores privados está declinando e negócios que tendem a se consolidar em grandes rebanhos estão enfrentando grandes barreiras de entrada nos mercados, a sub-oferta estrutural não será eliminada em breve”.

A reportagem é do Agrimoney, traduzida e adaptada pela Equipe Milkpoint.
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