Governo do Chile aprova medida de segurança de 3% diante do aumento explosivo de importações de lácteos da Nova Zelândia

O presidente da Associação de Produtores de Leite de Los Ríos (Aproval), Edgardo Zwanzger, valorizou a decisão do ministro de Agricultura do Chile, Carlos Furche, de solicitar à Comissão de Distorções a aplicação de uma medida de segurança de 3% diante do aumento explosivo [...]

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O presidente da Associação de Produtores de Leite de Los Ríos (Aproval), Edgardo Zwanzger, valorizou a decisão do ministro de Agricultura do Chile, Carlos Furche, de solicitar à Comissão de Distorções a aplicação de uma medida de segurança de 3% diante do aumento explosivo das importações de lácteos provenientes da Nova Zelândia.

Ele disse que a Aproval vinha denunciando esse fenômeno desde o final do ano passado, bem como o impacto que estava gerando no mercado interno, afetando não somente os produtores de leite, mas também, boa parte das empresas lácteas locais.

“A denúncia do ministro Furche evidenciou o comportamento flagrante da empresa neozelandesa, Fonterra, ao inundar de produtos lácteos nosso país através de sua filial no Chile (Soprole) e afetando negativamente o mercado de compra de leite com preços artificialmente baixos, em meio a uma situação de preços internacionais que, em paralelo, tinham seus máximos históricos”. A denúncia do Ministério da Agricultura (Minagri) diz que, durante o primeiro quadrimestre de 2014, as importações de lácteos provenientes da Nova Zelândia aumentaram em 201% com relação a um ano atrás.

No entanto, como disse Zwanzger, esta não é uma situação nova, já que, de acordo com a apresentação de Furche para a Comissão de Distorções, essa tendência vinha crescendo desde 2013, em circunstâncias que a Nova Zelândia tinha um limite para exportar lácteos ao Chile no contexto do acordo comercial vigente desde 2006 entre ambos os países e conhecido como P-4 (integrado também por Brunei e Cingapura). Uma vez superado esse limiar, o Chile poderia ativar uma medida de segurança especial que os produtores leiteiros conseguiram incluir nessa negociação.

Os antecedentes do Minagri dizem que, para 2013, a nação tinha uma cota semestral de 149 toneladas de queijos, em circunstâncias que, no período de janeiro a junho, entraram 4.073 toneladas e, no segundo semestre, chegaram mais 4.491 toneladas. A situação da manteiga não foi muito diferente, já que a cota semestral era de 411 toneladas, mas a Nova Zelândia exportou ao Chile 1.591 toneladas no primeiro semestre e outras 1.235 toneladas no segundo.

O presidente da Aproval pediu que a Comissão de Distorções instituísse rapidamente o imposto de 3% solicitado pelo Executivo, já que a gestão comercial agressiva do fornecedor exclusivo de lácteos da Nova Zelândia ao Chile, a Fonterra, poderia diminuir a efetividade de uma medida de segurança imprópria. “De fato, em maio, essa companhia já tinha enviado outras mil toneladas de queijos ao Chile”.

As informações são de um comunicado da Aproval, traduzidas pela equipe MilkPoint Brasil.
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Ronaldo Marciano Gontijo
RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/06/2014

O que mais pode ser feito diante da pratica de dumping?
Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/06/2014

VEJAM OS CRÍTICOS DAS RESTRIÇÕES BRASILEIRAS QUE NÃO É SÓ AQUI QUE ACONTECE.

LÁ É MUITO MAIS GRAVE PORQUE A SOPROLE É DA FONTERRA.

O ARGUMENTO É SEMPRE O MESMO: "..afetando negativamente o mercado de compra de leite com preços artificialmente baixos,..."
Qual a sua dúvida hoje?