Governo da Índia agilizará plano nacional para suprir crescente demanda por leite

O Governo da Índia está desenvolvendo uma estratégia para acelerar o Plano Nacional de Lácteos nos próximos anos para suprir o rápido crescimento da demanda por leite no país. Falando aos membros do Parlamento sobre a primeira fase do plano, que está sendo implementado em 14 estados, o ministro da Agricultura, Sharad Pawar, disse que o país precisará de cerca de 150 milhões de toneladas de leite até 2017 e mais de 180 milhões de toneladas até 2022.

O ministro disse que apesar de a produção de leite ter crescido de 17 milhões de toneladas na época da independência para mais de 130 milhões de toneladas, a produtividade das fazendas leiteiras precisará aumentar de forma significativa para suprir a crescente demanda.

Discutindo sobre a importância do setor leiteiro e sobre as estratégias a serem adotadas sob o Plano Nacional de Lácteos, o ministro disse que “o setor leiteiro no país é um dos setores mais vibrantes da economia da Índia. O valor da produção de leite no país é muito maior do que os valores da produção de arroz e trigo juntos. Esse setor envolve cerca de 70 milhões de famílias, principalmente mulheres de famílias pequenas e produtores marginais. Embora a produção mundial de leite tenha crescido a um ritmo de 2,2% na última década, nossa taxa de crescimento de 4,2% é quase o dobro da média mundial. De fato, não somente no setor leiteiro, mas na maioria dos setores de agricultura e atividades associadas, como produção de grãos, vegetais e frutas, e até mesmo no pescado, tivemos um grande sucesso. Nos últimos anos, a agricultura e os setores associados tiveram um desempenho mais que satisfatório”.

“Com o crescimento das rendas, a demanda por leite está aumentando rapidamente no país. As tendências indicam que a demanda por leite provavelmente será de 150 milhões de toneladas no final do 12o plano de cinco anos e mais de 180 milhões de toneladas ao final do 13o plano de cinco anos. Para suprir essas demandas, o aumento na produção de leite precisa ser a uma taxa de 6 milhões de toneladas por ano nos próximos 10 anos. O acesso ao leite de boa qualidade como fonte de nutrição, especialmente para crianças e mulheres, poderia ser garantido pelos maiores níveis de produção de leite. Além disso, é essencial dar assistência aos produtores rurais para obter maior acesso aos mercados organizados”.

“Nessa Fase I do Plano Nacional de Lácteos, com um investimento esperado de Rs 22,42 bilhões (US$ 358,82 milhões), lançado pelo Ministério em abril de 2012, o foco está em melhorar a produtividade dos animais leiteiros e aumentar a produção de leite através de uma abordagem científica para cria e alimentação. A estratégia envolve o aumento do potencial genético dos bovinos, produção do número requerido de touros de qualidade, produção de sêmen congelado de qualidade superior e adoção de medidas adequadas de biossegurança. O esquema está sendo implementado em várias agências”.

O plano focará em 14 estados produtores de leite que representam mais de 90% da produção do país. A cobertura do plano, entretanto, será em todo o país em termos de benefícios.

“Como parte de uma abordagem científica, a implementação do programa requer um ambiente político favorável pelos 14 estados selecionados, como notificação de uma política de prevenção e controle de doenças infecciosas e contagiosas no Ato Animal, adoção de um protocolo comum e procedimento padrão de operação, somente sêmen da melhor classificação usado para propostas de cria, etc. Todos os 14 estados cumpriram ou se comprometeram a cumprir com essas medidas políticas requisitadas dentro de um período determinado de tempo. Apesar do cumprimento das principais medidas políticas pelos governos do Estado levarem algum tempo em formalidades de procedimento durante o primeiro ano de implementação do programa, a velocidade de aprovação do projeto e implementação ganhou ímpeto durante o atual ano financeiro. Até agora, 117 subprojetos de 14 estados foram aprovados com um total de Rs 7,86 bilhões (US$ 125,79 milhões)”.

A reportagem é do The Economic Times, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.