Governo argentino freou exportações de leite para baixar preços internos

Após ter limitado durante quase três semanas as exportações de carne, cujas permissões voltaram a ser lentamente aprovadas, o Governo da Argentina agora decidiu restringir o comércio de leite em pó. Isso está sendo feito em um momento de preços recordes no mundo para o produto, mas [...]

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Após ter limitado durante quase três semanas as exportações de carne, cujas permissões voltaram a ser lentamente aprovadas, o Governo da Argentina agora decidiu restringir o comércio de leite em pó. Isso está sendo feito em um momento de preços recordes no mundo para o produto, mas com valores internos atrasados para os produtores por sua matéria-prima após a desvalorização.

Segundo fontes empresariais, recentemente chegou a mensagem da Secretaria de Comércio dizendo que estavam barradas as autorizações de novas permissões de exportação até o final de março.

A notícia circulou rapidamente entre os industriais, que, frente a essa situação, estariam buscando que o Governo pelo menos habilite para março de 2014 as exportações do mesmo volume exportado em 2013 que foram de aproximadamente 12.000 toneladas. No entanto, em todo o ano passado, as exportações argentinas de leite em pó somaram 205.297 toneladas.

O objetivo do Governo é provocar uma sobre-oferta interna para que caiam os preços ao público, embora já haja uma diferença importante entre o preço recebido pelos produtores de leite e o preço final. As empresas lácteas mais afetadas pela medida são as que destinam a maior parte de sua produção ao mercado externo.

Essa decisão foi tomada em um momento em que os produtores começaram a realizar assembleias para avaliar um plano de protesto. Com a desvalorização da moeda, seus preços ficaram atrasados, enquanto os custos, em dólar, subiram.

A reportagem é do La Nación, traduzida e adaptada pela equipe MilkPoint
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Guilhermo Dawson Jr.
GUILHERMO DAWSON JR.

RIO GRANDE - RIO GRANDE DO SUL - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 07/03/2014

Sem dúvida, o mercado deve ser soberano e com liberdade de ação. Se algumas medidas adotadas pela Argentina trazem consequências positivas momentâneas para setores do agronegócio brasileiro, na sua grande maioria e já a bastante tempo vem servindo de péssimo exemplo.
Wagner Beskow
WAGNER BESKOW

CRUZ ALTA - RIO GRANDE DO SUL - PESQUISA/ENSINO

EM 06/03/2014

Temos que ser unidos aqui no Brasil para que NUNCA cheguemos a esse grau de intervencionismo no setor. Lembrem que quando se pede por medidas de proteção contra importações (assunto que dominava nosso cenário, antes) se dá aval para, mais adiante, ter que aceitar medidas como esta de proibição de exportações. Cristina fez isso com o trigo, agora é a vez do leite. Momentaneamente bom para o Brasil, mas péssimo recurso político-econômico e péssimo exemplo de Mercosul (a piada latino-americana do século).



Notem que esta medida pega os produtores com preços achatados em valores internacionais, equivalente a R$0,68/L hoje, ainda antes do efeito da medida (notem que lá os rebanhos tem mais de 150 vacas em média).



Intervencionismo é faca de dois gumes.
Qual a sua dúvida hoje?