Global Dairy Top 20 - 2017: Receita voltou a recuar

Todo ano, a Robobank realiza uma pesquisa sobre as maiores empresas de lácteos do mundo, destacando os 20 gigantes de um dos setores mais valiosos do mundo. No segundo ano seguido, o faturamento das maiores companhias de lácteos do mundo caiu, segundo o Rabobank.

Publicado por: MilkPoint

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A última pesquisa anual do Rabobank sobre as maiores empresas de lácteos do mundo destaca os gigantes de um dos setores de alimentos mais valiosos do mundo, que começou a se recuperar depois de dois anos de recessão significativa. À medida que os preços começam a subir novamente e os volumes de leite entregues pelos agricultores tornam-se mais limitados, as empresas de laticínios voltam a se concentrar mais nas estratégias de valor do que em estratégias de volume que impulsionam suas ações e atitudes para o crescimento.



Para várias empresas, a questão foi a de se mudar ou sair de setores adjacentes. Para as cooperativas, a resposta foi muitas vezes consolidar-se no núcleo de produtos lácteos e alienar empresas não-leiteiras. Do ponto de vista oposto, as empresas listadas se diversificaram em atividades não essenciais/não-leiteiras. Isso pode refletir - em tempos de abundante oferta de leite - na necessidade das cooperativas se concentrarem em melhorar as margens/preços do leite.

A recuperação dos preços dos produtos lácteos em 2016 chegou muito tarde para refleti no volume de negócios das 20 maiores empresas, que em 2016 apresentaram queda de 1,6% no ano em dólares americanos (-1,3% em euros), devido à redução significativa dos valores do leite que ocorreu durante o período e à demanda do mercado mundial enfraquecida.  Desde 2014, o faturamento em dólar das companhias caiu 14,4%.

A Nestlé permanece no topo da lista, impulsionada pelo JV de sorvete com R&R (agora chamado Froneri), que compensou o crescimento lento em outros lugares. Mas, ainda assim, apresentou queda em sua receita, a qual no último ano somou US$24 bilhões ante US$ 25 bilhões no ano anterior.

A francesa Danone mudou-se para o segundo lugar, tendo adquirido a americana WhiteWave Foods, de produtos orgânicos (que, além de seu negócio de alternativas de produtos lácteos, tem interesses significativos em cremes de leite de leite, café gelado à base de lácteos e iogurtes orgânicos premium). Ano passado, a Danone faturou US$ 18,3 bilhões, acima dos US$ 16,7 bilhões de 2015.

Isso permite que Danone salte a também francesa Lactalis, a qual se deslocou para o terceiro lugar da lista com um faturamento de US$ 18 bilhões em 2016 contra US$ 18,3 bilhões no ano anterior. Mas, a Lactalis tende a retomar a segunda posição no ranking, segundo o Rabobank. Isso porque, no início deste mês, a Lacalis acertou a compra da americana Stonyfield, que pertence à Danone.

A aquisição de uma participação de 51% no Engro Foods do Paquistão permitiu que a FrieslandCampina passasse para o quinto lugar, ligeiramente à frente de Fonterra, que se deslocou para o sexto lugar, com faturamento de US$ 12 bilhões perante ao faturamento de US$ 12,3 bilhões da Friesland em 2016.


Dados fornecidos pela Robobank
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