A jornalista Carolina Tarrío (centro) com o marido, os filhos e as garrafas do leite consumido em um ano
"Só uma pequena quantidade do plástico é reciclada no país. O material perde qualidade a cada reciclagem e chega um momento em que não tem mais para onde ir. Deveríamos recusar embalagens assim", diz Carolina. Após a devolução das garrafas, a empresa prometeu instalar um ponto próprio de coleta das embalagens em sua unidade de São Paulo.
Tarrío lembra, no entanto, que o maior problema não é o recolhimento do material, mas sim o correto encaminhamento para a reciclagem. A Política Nacional de Resíduos Sólidos diz que as empresas são responsáveis pelo descarte do que produzem.
"Precisamos de uma sensibilidade maior da indústria. Não basta lançar o produto, a empresa deve verificar com as cooperativas se ele tem valor para voltar à cadeia produtiva", diz Wilson Santos, coordenador de projetos de sustentabilidade da Cooper Vira-Lata, de coleta seletiva.
Segundo Carlos Humberto Mendes de Carvalho, presidente do Sindileite (sindicato das indústrias do setor), não existe um mecanismo para obrigar as empresas a usar ou deixar de usar determinados tipos de embalagem.
Em março de 2018, a organização planeja realizar um simpósio que deve unir especialistas e indústria para discutir o tema. Segundo Carvalho, o evento é o primeiro passo para a implementação de um sistema de logística reversa nas empresas paulistas.
As informações são do jornal Folha de São Paulo.