Finalizada a transação para a compra da Vigor Alimentos entre a mexicana Lala e a J&F Investimentos , ainda não está claro se a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR), sócia da Vigor na Itambé, continuará ou não no negócio.
Depois que a venda da Vigor para a Lala for oficializada, a empresa brasileira de lácteos deverá comunicar à CCPR sobre a conclusão da operação. Então, a central de cooperativas vai consultar suas associadas e terá 45 dias para comunicar sua decisão ao antigo sócio e à Lala. Conforme prevê o acordo de acionistas entre CCPR e Vigor na Itambé, em caso de venda da Vigor a cooperativa central tem a opção de recomprar suas ações vendidas em 2013 - pelo que foi oferecido pela Vigor -, de vender sua participação ou fatia dela ou de permanecer como sócia.
Segundo uma fonte familiarizada com o assunto, a Lala já manifestou anteriormente que gostaria de ter a CCPR como sócia na Itambé. No entanto, não está descartada a hipótese de a companhia mexicana fazer uma oferta por uma fatia dos 50% da CCPR na companhia de lácteos ou mesmo pela participação total.
Outra fonte a par do assunto afirma que a ideia de vender a participação da CCPR na Itambé atrai muitas cooperativas associadas que estão endividadas. A CCPR é formada por 31 cooperativas de produtores de leite dos Estados de Minas Gerais e de Goiás e reúne cerca de 8,5 mil famílias de cooperados. O Valor não encontrou ontem porta-vozes na Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais para tratar do tema.
Ter a CCPR como sócia na Itambé seria relevante para a Lala, uma vez que pode significar a garantia de oferta de leite para processamento. Além disso, ter a cooperativa brasileira como sócia seria importante do ponto de vista institucional, observa uma das fontes.
Uma outra fonte do setor de lácteos afirma que os "concorrentes [da Lala] devem ir pra cima do leite da CCPR", caso a central de cooperativas deixe de ser sócia da Itambé. "A CCPR é dona do leite", acrescenta. Isso poderia significar maior disputa na compra de leite no mercado. No ano passado, a CCPR foi a terceira no ranking nacional de captação de leite, com 1,104 bilhão de litros.
A CCPR era controladora da Itambé até 2013 quando vendeu fatia de 50% do capital para a Vigor, por R$ 410 milhões.
As informações são do jornal Valor Econômico.
Futuro da CCPR na Itambé após operação ainda é incógnita
Finalizada a transação para a compra da Vigor Alimentos entre a mexicana Lala e a J&F Investimentos , ainda não está claro se a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR), sócia da Vigor na Itambé, continuará ou não no negócio.
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