Fonterra dobrará produção de leite na China após medo de contaminação

A Fonterra Cooperative Group Ltd. disse que planeja dobrar a capacidade de produção de leite na China à medida que a demanda por lácteos ultrapasse a oferta e que o exportador busque retomar a confiança dos consumidores após o recente medo de contaminação.

A cooperativa de lácteos neozelandesa, com sede em Auckland, construirá o segundo centro rural na nação asiática, uma medida que dobrará os níveis de produção na região para 300 milhões de litros por ano. A fazenda começará a operar na segunda metade de 2014.

A Fonterra planeja aumentar a produção de leite na China para um bilhão de litros até 2020, à medida que as maiores rendas levem os consumidores a comprar mais leite e iogurte. A cooperativa disse no mês passado que um cano sujo em uma planta de processamento podia ter contaminado uma proteína do soro do leite usada em fórmulas para bebês com a bactéria causadora do botulismo. Embora os testes feitos pelo governo da Nova Zelândia tenham descoberto que a contaminação não representa um risco de segurança alimentar, o anúncio levou a barreiras de importações de alguns dos produtos lácteos contaminados da Nova Zelândia, bem como a recolhimentos de produtos na China por companhias como Coca-Cola Co. e Danone.

“O crescimento da oferta de leite cru na China foi de cerca de 2% nos últimos três anos, mas a demanda está crescendo em cerca de 6% a 8%”, disse o presidente da Fonterra na região da Grande China e Índia, Kelvin Wickham. “Existem oportunidades significantes para a Fonterra ajudar a preencher essa lacuna na oferta”.

O novo centro rural, localizado na província do norte da China, Shanxi, terá cinco fazendas com 3.000 vacas cada, disse a cooperativa. O primeiro centro rural da Fonterra na província de Hebei terá capacidade de produzir 150 milhões de litros de leite quando estiver totalmente operacional no final do ano, disse a porta-voz da Fonterra em Xangai, Maree Wilson.

A cooperativa de lácteos foi também no começo do ano multada em 4,5 milhões de yuan (US$ 730.235) pelo órgão de inspeção de mercado da China por violar leis antimonopólio. A China, maior cliente de lácteos da Nova Zelândia, comprou NZ$ 3 bilhões (US$ 2,4 bilhões) em produtos lácteos no ano até junho.

A reportagem é do Bloomberg, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.