Fonterra aumenta previsão de produção de leite após chuvas

A cooperativa Fonterra, que capta a vasta maioria do leite da Nova Zelândia, aumentou para 6,4%, de 5%, sua previsão para o crescimento na produção nacional de leite na estação que termina em maio. O aumento, que subiu de [...]

Publicado por: MilkPoint

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A produção de leite na Nova Zelândia aumentará mais do que o esperado nessa estação após as chuvas terem reduzido as dúvidas sobre o retorno da seca que prejudicou o aumento da produção no maior exportador do mundo.

A cooperativa Fonterra, que capta a vasta maioria do leite da Nova Zelândia, aumentou para 6,4%, de 5% sua previsão para o crescimento na produção nacional de leite na estação que termina em maio.

O aumento – que subiu de 15 milhões de quilos de sólidos do leite para uma estimativa de produção de 1,556 bilhão de quilos de sólidos do leite em toda a estação – deve ser registrado apesar da queda no crescimento das coletas de leite da cooperativa no mês passado.

A Fonterra coletou 210 milhões de quilos de sólidos do leite em novembro, um aumento de 1,6% com relação ao ano anterior, bem abaixo da taxa de aumento de 4,7% que o grupo registrou nos primeiros cinco meses da estação.

A queda veio em meio a sinais do surgimento da seca que ameaçou as condições de pastagens e evocou memórias da seca do começo de 2013, considerada a pior em uma geração, que colocou fim a um período de aumento na produção de leite.

A produção de leite na Nova Zelândia caiu em fevereiro, com relação ao ano anterior, pela primeira vez desde o final de 2010. “Entretanto, “as chuvas do fim de novembro foram bem-vindas pelos produtores que começaram a enfrentar baixas condições de umidade do solo. Mais chuvas chegaram em meados de dezembro, direcionando o crescimento das pastagens no início do período de verão”.

A Fonterra disse também que os maiores valores do leite também foram apoiados por previsões de produção, incentivando os produtores a maximizar o desempenho, mesmo com a cooperativa revelando que provavelmente não pagaria nessa estação aos produtores os NZ$ 9,00 (US$ 7,36 ) por quilo de sólidos do leite – que equivale a NZ$ 0,75 (US$) 0,61 por quilo de leite - sugeridos por sua fórmula de fixação de preços.

O grupo culpou a decisão de preços por sua incapacidade de aumentar além de 70% a proporção de leite sendo transformado em leite em pó, para o qual os valores são especialmente fortes, deixando-o expostos a mercados relativamente fracos de queijos e caseína.

“Embora ainda continue um risco de que as condições de seca durante o verão impactarão novamente na oferta de leite, o preço recorde previsto fornece uma confiança adicional de que a oferta de leite aumentará acima da estimativa”.

A previsão de produção de leite na Nova Zelândia vem contra um cenário de aumento na produção em outros países produtores também, com notável exceção da Austrália, onde a produção caiu em 4,1% em 2013-14 até outubro.

“Com exceção da Austrália, os principais países exportadores do hemisfério sul, como Argentina, Nova Zelândia e Uruguai, continuam vendo forte crescimento com relação ao ano anterior, com as condições climáticas resultando em boas pastagens e boa produção de alimentos animais”, disse a Fonterra.

Também há uma “contínua recuperação na produção de leite nos quatro principais países exportadores no hemisfério norte”, apesar de esses estarem agora nos meses de inverno, quando a produção cai dramaticamente.

Entretanto, a demanda está aumentando também, apoiando um aumento nos preços de 52% com relação ao ano anterior nos leilões do GlobalDairyTrade do grupo. “A produção de leite na China e na Rússia está caindo e isso tem apoiado um aumento nas importações de lácteos”.

A reportagem é do Agrimoney, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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